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sábado, 16 de janeiro de 2010

Especial Flamengo

Por que o Fla, logo hoje?

Escolhi o Flamengo como o último especial não foi à toa. No mesmo ano, o clube chegou ao "pentatri", passou por momentos difíceis e, quando se falava até em fugir da Segundona, o time começa uma reação incrível. Com competência, humildade e sorte de campeão, o Mengo quebra um jejum de 17 anos e chega ao tão sonhado Hexa. O mais curioso é que o Fla foi campeão contrariando tudo que manda a cartilha do futebol: Estádio próprio, planejamento, CT, visão futura, investimentos...

Tudo que a gente pode colocar um "ah,mas..." da temporada de 2009

Nem tudo foram (Erick) Flores na temporada 2009 do Mengo. É difícil falar de coisas ruins, mas acredito que a eliminação da Copa do Brasil aos 44' do 2º tempo para o todo-poderoso Internacional de Nilmar foi um ponto chave. Mesmo jogando bem, merecendo a classificação inclusive, o time do então técnico Cuca sofre um gol de falta e sai da disputa.
Outra baixa foi o próprio Cuca. Mesmo conquistando o Estadual, o técnico em sua época rubro-negra mostrou-se complicado e divisor de opiniões. Inventou demais, trocou jogadores de posição, mudou o esquema todo mas o que se viu em campo não agradou. Caiu após o empate em 1 a 1, contra o Barueri, dentro do Maraca.
As saídas de Ibson e, posteriormente, Emerson causaram certo pânico. Sem substitutos à altura, o Fla passou por poucas e boas até que Petkovic e Zé Roberto voltassem a jogar o fino do futebol.


Ok, agora vamos falar de coisa boa

O começo do ano foi marcado pelo Pentatri, que não se deveu exatamente a um bom futebol, mas à presença de um líder. Fábio Luciano saiu do Mengo como um ídolo para as novas gerações, pois mostrou ter o legítimo sangue rubro-negro em pouco menos de dois anos.

As melhores contratações do Flamengo parecem mesmo ser as de meio de temporada. Como foram Fábio Luciano e Ibson em 2007, a postura do time foi outra após as chegadas de David, Álvaro e Maldonado (sem falar, é claro, em Adriano). O trio foi responsável pela arrumação da zona chamada "defesa do Flamengo". Assim, foi possível que os outros setores subissem de produção e impulsionassem a equipe rumo ao título. Vale lembrar, a carência de um líder foi suprida com a chegada do camisa 14 (Álvaro) ao ponto de Willians e Aírton pararem de dar pisões e serem constantemente expulsos. O novo xerife assumiu o posto de "mau" e parece ser o sucessor ideal para o já citado ex-camisa 3.

Também é fundamental lembrar do renascimento de Pet e Zé Roberto, que andavam sem moral nenhuma. O primeiro, rejeitado por Cuca, veio após um polêmico acordo e entrou pela porta dos fundos. Apenas com Andrade o gringo pode viver novamente o frisson da galera que o idolatra desde o início da década. Já o segundo vinha de uma fase terrível. Jogava mal, era vaiado e só não saiu porque ninguém o quis. Na reta final do campeonato, juntou-se a Pet e Adriano para compor um trio daqueles!

Por último, é claro, Adriano Leite Ribeiro. O Imperador chegou à Gávea fora de forma e com uma fama impublicável. De volta à casa, ele se sobressaiu dentre os demais de todo o campeonato. Maior e bem mais forte do que todos os seus marcadores, fez jus ao apelido que lhe foi dado em Milão. Fez gol de todo jeito: Cabeça, pés direito e esquerdo, pênalti, falta, dentro e fora da área, no meio do gol e em todos os 4 ângulos. Junto com Diego Tardelli, conquistou a artilharia do campeonato e foi além. Chorou diante de um Maraca abarrotado que gritava seu nome, em êxtase pelo Hexa e pela quase certa vaga entre os 23 que vão à Copa.

Contratações

O Flamengo me surpreendeu negativamente neste sentido. Talvez em função da troca presidencial e da própria política financeira da nova presidente, o clube deixou a escapar a chance de ser o time do momento. Não ousou, e apenas 3 reforços chegaram até a data deste "post".

Fernando, ex-Goiás, e Michael, ex-Botafogo, são jogadores de quem pouco se pode falar. Enquanto o primeiro fez uma boa temporada pelo Goiás, o segundo saiu do Botafogo com a incômoda pecha de "chinelinho". É esperar pra ver...

Vagner Love, após uma negociação que beirou o insuportável, se apresentou e será a dupla de Adriano até Julho, quando ambos os contratos terminam. Não me enche os olhos, não acho que valha tanto esforço e é caro. Mas, para quem perdeu Zé Roberto e tem no banco Gil e Denis Marques, o "artilheiro do amor" passa a ser uma boa opção. Fazer o que? Vai que dá certo...

Diante de tanto atraso, as contratações "cirúrgicas" de Marcos Braz parecem afundar. Acho que o clube ainda precise de mais 3 ou 4 reforços, sobretudo na meia (pro lugar de Pet) e na lateral esquerda (Leo Medeiros não dá, e Jorbison ainda é garoto). É pra hoje, Marcos Braz!


Para 2010...

O ano que começa é de muita responsabilidade para o Flamengo. Por isso, acredito que o Cariocão fique em segundo plano por conta da Libertadores da América. Assim, aponto o Flamengo como um possível candidato ao Estadual e um dos favoritos na Libertadores (ao lado dos outros brasucas e do Estudiantes). No Brasileirão, creio que a equipe chegue ao G4 caso Love e principalmente Adriano permaneçam, ou que sejam pelo menos bem substituídos. Do contrário, ficar de Julho a Dezembro vivendo de Obina, Gil e Bruno Mezenga vai ser dose pra leão.

Editorial

Não quero usar este espaço para bater em teclas afundadas. Todos já exploraram e muito a importância de Adriano, a história sofrida de Angelim e a humildade do Andrade. Vamos falar de outra coisa, tão importante quanto.

Após anos de litígio com a Nike, o Flamengo trocou seu fornecedor de material esportivo para a Olympikus. Confesso ter desconfiado logo de cara, pois nunca foi uma marca de meu agrado. Além disso, a Nike é mundialmente famosa, tem status.

No entanto, ao contrário da multinacional, a nova fornecedora já entrou dando de 10 a 0. Pagando mais e fazendo belos uniformes e propagandas, a empresa está bancando a sonhada exploração da "marca Flamengo".

Enquanto a anterior mal dava conta da distribuição de produtos para as lojas, a Olympikus atende bem a demanda e sua loja "Fla Concept" tem de um, tudo. A loja é bonita, bem-estruturada, espaçosa e vende desde camisas pólo e uniformes oficiais personalizados até canetas, chaveiros e acessórios femininos. Além disso, está em construção o Museu do Flamengo, que dizem ser tão moderno quanto o Museu do Futebol, em São Paulo.

Se for mantido este nível de qualidade, o torcedor, a empresa e o clube sairão rindo de orelha a orelha.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Especial Fluminense

Por que o Flu, logo hoje?

A decisão de colocar Fluminense e Flamengo no mesmo dia (mais tarde, vem o Especial Fla) não foi lá muito pensada. Foi pela simples proximidade com o Campeonato Carioca e a eminência de contratações. Estes, aliás, são tópicos que vou acrescentar aos Especiais já publicados. Vamos lá!

O ano do Fluminense não foi lá essas coisas. Para que houvesse um final feliz (e como!), o torcedor sofreu muito. Viu o Carioca e a Copa do Brasil irem embora sem um bom futebol, e por pouco o Brasileiro não lhe dá o desprazer do rebaixamento. Porém, após, 9 meses de espe-ra, a criança nasceu e o futebol apresentado pelo "novo Flu" foi de encher os olhos.


Tudo que a gente pode colocar como um "ah,mas..." da temporada de 2009:

- As muitas trocas de técnico

- A manutenção de jogadores que já eram reservas desde o início da temporada e nunca convenceram ninguém. Tá bom, serei direto: Fabinho, Cássio, Xandão (o que ele foi fazer no São Paulo?Meu Deus!)

- A enrolação de Fred e a novela Leandro Amaral, que comeu dos cofres tricolores quase 700 mil reais por alguns meses sem que qualquer um deles entrasse em campo.


Ok, agora vamos falar de coisa boa

A entrada de Cuca, tão contestada (por mim, inclusive), foi fundamental. Não que ele seja um técnico maravilhoso, continuo não sendo convencido por ele. Mas a renovação que ele promoveu na equipe, afastando os perebas e promovendo bons jogadores da base, foi a chave para a reação magnífica do time. Valores como Maicon e Digão apareceram para desbancar medalhões de pouco futebol. Já vai tarde, Luis Alberto!

Contratações

O Fluminense seguiu a onda da "barca dos inúteis" e das "contratações cirúrgicas", o que me parece o ideal. Sem muito alarde, a equipe tirou todos os jogadores ruins que levaram o Fluminense àquela situação periclitante e emprestou quem ainda "tem volta". Para renovar o estoque, trouxe jogadores bons (nada de muito escândalo) e foi o time que contratou pouco e bem. Júlio César, Ewerton e Willians são jogadores de qualidade e que trarão ainda mais velocidade ao time. Lamento apenas a vinda de Thiaguinho, que pertence à panela do Cuca, mas isso faz parte do futebol.

Para 2010...

O ano tricolor começa em alto astral. A equipe estreia no Campeonato Carioca fortalecido pelo fim do último ano e bem reforçado. Está com o favoritismo para a conquista do Estadual e mesmo a Copa do Brasil é bem possivel. Para o Brasileirão, vamos esperar para não queimar a língua. Acho até que o time tem chances de terminar lá em cima, mas a última coisa que o tricolor quer, atualmente, é gente dizendo o que vai ou não vai acontecer. Tô certo?

Editorial


Muito me impressionou a humildade com que o Flu conduziu sua reação. Tudo bem, a iminência de queda para a Segundona não permitia muitas vaidades, mas todos perceberam que o Flu era momentaneamente um dos melhores do Brasil. Os jogadores sabiam disso, Fred sabia disso. Nem assim, subiram no salto. O Fluminense conduziu sua reação como o Flamengo fez em 2007, saindo do penúltimo ao 3º lugar. Muita raça, muita disposição, sem "sanguessugas" e no embalo da torcida. Foi de arrepiar!
Parabéns, Fluminense!