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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Aos retranqueiros do Brasil...

Amigos e leitores do DLNB,

Hoje aproveito meu espaço para expressar minha inconformidade com sistemas retranqueiros. Sim, eu entendo, eles estão na moda e ganhando títulos. Mas pelo bem do futebol, POR FAVOR, abandonem essa ideia. A torcida do Inter talvez me entenda, em função das traquitanas mal-sucedidas do ardiloso Fossati.


Talvez pelo fato de ser uma coisa meio retrô, mas eu ainda sou adepto do futebol sempre-ofensivo, aquele 3-4-3 com pontas habilidosos e um centro-avante matador, municiados (é claro) por um camisa 10 (ou 19, ou 80, já não existe mais regra de número) habilidoso. Para equipes que não dispoem de mais de 2 bons atacantes, que ponham pelo menos dois meias de armação. Defender intensamente com 6 e outros 1 ou 2 cercando já não tá de bom tamanho?

Aí eu vejo pessoas em profusão que comemoram a derrota do Barça na Champions League. Vejo pessoas torcendo para o Santos perder para Deus e o mundo. Os homens mais avançados no meio do Flamengo são Willians e Michael. O Botafogo é campeão com bicões pra lateral e bola parada pro Loco Abreu (horroroso). Pelo visto eu tô errado, né.

O bom é isso aí, ó!!



Vão, idolatrem o 4-5-1. De preferência com laterais bem defensivos, alas limitados, dois volantes e um meia apenas, que não sabe bem se é meia ou se encosta no ataque.

O Flamengo ganhou a Copa do Brasil em 2006 desta forma.
Mentira. O time do Fla, apesar de bem trancadinho, só venceu os jogos quando o então técnico Ney Franco tirou um volante para colocar Obina ao lado de Luizão, transformando num 3-5-2. Com Leo Moura e Juan sempre no ataque, Renatos Abreu e Augusto na meiuca, o time não é tão defensivo assim, né?

O Barcelona pode ser visto como um 4-5-1, não um 3-4-3.
É verdade, mas cuidado. Nesses 5, podem estar Pedro, Bojan, Ibrahimovic, Henry. Sem falar na vocação ofensiva de Xavi e Iniesta. Aí sim, vale a pena botar o time no 4-5-1 (que eu continuo chamando de 3-4-3, mas fica por isso mesmo). Estude a figura abaixo e conclua.
Ah, e antes que perguntem, eu não tenho NADA contra a Inter de Milão, muito pelo contrário. Só não consigo ver um motivo racional para não querer este Barça na final. Por que o Messi é argentino? Então dane-se a bola que ele joga, o espetáculo que ele dá? Vão me desculpar...



Não, eu não estou revoltado com nada nem ninguém em específico. Só não vejo beleza em futebol feio. Não há agulhas nesse palheiro.

Ave, Santos!
Ave, Barcelona!

Um abraço!

terça-feira, 6 de abril de 2010

"Amor e sexo" boleiro

Futebol europeu é chato. Qualquer Cabofriense X Madureira é mais "assistível" do que um jogo válido pelo Calcio (Campeonato italiano), por exemplo. Você sabe disso.

Não tem exemplo melhor: De bobeira num sábado à tarde, resolvi assistir a uma partida que me parecia ser um jogaço. Entravam em campo Milan e Roma, 2º e 3º colocados no campeonato, respectivamente. Ambos viviam a expectativa da liderança. E o que aconteceu? NADA. Um zero a zero chatíssimo, num jogo que me fez dormir (literalmente). Só despertei-me ao ver que, aos 35 do segundo tempo, Ronaldinho Gaúcho resolvera que resolveria sozinho. Tadinho.

Tudo isso é expressa opinião pessoal, mas que vejo se refletir na opinião "geral". No entanto, ela se dissolve quando está em campo um tal de Lionel Messi. E o jogo entre Barça e Arsenal foi uma baita inspiração para o texto de hoje.







Curioso, esses dias mesmo, peguei aqui em casa uma "Placar" de uns dois anos atrás, quando o badaladíssimo Ronaldinho Gaúcho do Barcelona falava sobre seu amigo pupilo. O então garoto argentino, promessa de sucesso, mal sabia que salvaria um esporte da chatice.

Eu realmente sinto pena de Ronaldinho. Vá lá que ele não tenha jogado bem no último ano, acontece. Vá lá que ele não mais seja o Ronaldinho do Barcelona, é possível. Da mesma forma, Messi pode não mais ser este fenômeno quando deixar (se deixar) o Camp Nou.
Agora, já viram o que o time do Milan oferece, em matéria de futebol, ao dentuço?



Como é que o Ronaldinho vai jogar aquela bola do Barcelona se trocam o Xavi pelo Flamini, o Henry pelo Borrielo, o Iniesta pelo Gattuso? Pra mim é muito claro que o Ronaldinho está SIM jogando bem, só está sofrendo de um mal crônico: solidão. Quando não tem o Seedorf, ele não tem com quem jogar.

Messi e Ronaldinho são o fino do futebol, vivem os extremos de uma carreira e compartilham o mesmo problema: Não rendem pela seleção o que rendem em seus clubes. A grande diferença, ao que tudo indica, é que ao menos Messi vai pra Copa e pode (por que não?) carregar sua seleção nas costas.

Me impressiona esse tanto talento em dois estilos distintos de tornar mágico o futebol chato. Vejo Ronaldinho e Messi, para o futebol, no nível de "Amor e sexo" para Jabor. Pensei até em arriscar alguns versinhos.

Talento faz bonito
O chato do esporte
Na Europa é tudo lento
"Os alemão são forte"

O Messi e o dentuço
Jogando pra inglês ver
Chaleira e caneta
Os reis do metiê

O negócio é parceria
No Barça facilita
Com Iniesta é mole
Ambrosini complica

O Messi tem o "Ibra"
Pra tabelar
Coitado, Ronaldinho
Só tem Huntelaar!

O Messi é objetivo
e oportunista
Ronaldo é moleque,
malabarista

(ref.) Os dois quando jogam
Fazem um carnaval
Eu quero é os dois na Copa
Entortando geraaal!


Abraço!