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terça-feira, 6 de abril de 2010

"Amor e sexo" boleiro

Futebol europeu é chato. Qualquer Cabofriense X Madureira é mais "assistível" do que um jogo válido pelo Calcio (Campeonato italiano), por exemplo. Você sabe disso.

Não tem exemplo melhor: De bobeira num sábado à tarde, resolvi assistir a uma partida que me parecia ser um jogaço. Entravam em campo Milan e Roma, 2º e 3º colocados no campeonato, respectivamente. Ambos viviam a expectativa da liderança. E o que aconteceu? NADA. Um zero a zero chatíssimo, num jogo que me fez dormir (literalmente). Só despertei-me ao ver que, aos 35 do segundo tempo, Ronaldinho Gaúcho resolvera que resolveria sozinho. Tadinho.

Tudo isso é expressa opinião pessoal, mas que vejo se refletir na opinião "geral". No entanto, ela se dissolve quando está em campo um tal de Lionel Messi. E o jogo entre Barça e Arsenal foi uma baita inspiração para o texto de hoje.







Curioso, esses dias mesmo, peguei aqui em casa uma "Placar" de uns dois anos atrás, quando o badaladíssimo Ronaldinho Gaúcho do Barcelona falava sobre seu amigo pupilo. O então garoto argentino, promessa de sucesso, mal sabia que salvaria um esporte da chatice.

Eu realmente sinto pena de Ronaldinho. Vá lá que ele não tenha jogado bem no último ano, acontece. Vá lá que ele não mais seja o Ronaldinho do Barcelona, é possível. Da mesma forma, Messi pode não mais ser este fenômeno quando deixar (se deixar) o Camp Nou.
Agora, já viram o que o time do Milan oferece, em matéria de futebol, ao dentuço?



Como é que o Ronaldinho vai jogar aquela bola do Barcelona se trocam o Xavi pelo Flamini, o Henry pelo Borrielo, o Iniesta pelo Gattuso? Pra mim é muito claro que o Ronaldinho está SIM jogando bem, só está sofrendo de um mal crônico: solidão. Quando não tem o Seedorf, ele não tem com quem jogar.

Messi e Ronaldinho são o fino do futebol, vivem os extremos de uma carreira e compartilham o mesmo problema: Não rendem pela seleção o que rendem em seus clubes. A grande diferença, ao que tudo indica, é que ao menos Messi vai pra Copa e pode (por que não?) carregar sua seleção nas costas.

Me impressiona esse tanto talento em dois estilos distintos de tornar mágico o futebol chato. Vejo Ronaldinho e Messi, para o futebol, no nível de "Amor e sexo" para Jabor. Pensei até em arriscar alguns versinhos.

Talento faz bonito
O chato do esporte
Na Europa é tudo lento
"Os alemão são forte"

O Messi e o dentuço
Jogando pra inglês ver
Chaleira e caneta
Os reis do metiê

O negócio é parceria
No Barça facilita
Com Iniesta é mole
Ambrosini complica

O Messi tem o "Ibra"
Pra tabelar
Coitado, Ronaldinho
Só tem Huntelaar!

O Messi é objetivo
e oportunista
Ronaldo é moleque,
malabarista

(ref.) Os dois quando jogam
Fazem um carnaval
Eu quero é os dois na Copa
Entortando geraaal!


Abraço!

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