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quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Futebol e os clichês - Parte 1

Amigos e leitores do De Letra na Bola,Vou tentar lançar uma série de crônicas com a mesma temática : Clichês no futebol. Existe uma diferença que eu queria esclarecer, no entanto. A série não é clichês DO futebol, é NO futebol. Ou seja, frases clichês do nosso cotidiano aplicadas à realidade do mundo do ludopédico (mais um sinônimo bizarro pra futebol). A diferença dessa série pras outras crônicas que eu publiquei vai ser a mistura do futebol com comentários não necessariamente esportivos. Embarcando ...

O Futebol e os clichês – Parte 1
“Não tem menor não ?”

Esse é um daqueles clichês que todo cliente odeia e todo vendedor sabe que é chato, mas fala porque é necessário. É quase inevitável. A frase é meio divisora de águas, separa dois lados da moeda (sem trocadilho) : O esnobe e o sem-troco, o humilde e o que não sabe ser, o mocinho e o bandido. Frase pegajosa ... Pode reparar, toda vez que essa frase aparece, alguém fica sem graça. Não por maldade, mas se na sua carteira não tem outra cédula, é claro que a gente se envergonha em ter que pagar assim (mesmo sabendo que, só por vingança, o troco pode vir em moedas). Por outro lado, se você vende algo e tem que dar um troco algumas vezes maior do que o próprio valor da coisa, é claro que sua buchecha vai dar uma certa corada. Primeiro por ter que perguntar, segundo pela impressão de que o consumidor é tão pobre quanto o Silvio Santos. Deu pra entender ?

Quer ver como funciona o esquema? Experimenta comer uma promoção do Mc Qualquer Coisa (pode até ser com batata grande) e pagar com uma nota de cinqüenta. Tenta pagar a passagem do ônibus com vinte reais. No entanto, se coloca no lugar de quem vende ... aquele caixa que nunca tem troco pra nada. Vai que uma alma caridosa resolver ter a tal menor ..

Olha, por exemplo, o caso dos clubes europeus quando vêm comprar jogador aqui. Se o time brasileiro oferece um craque das divisões de base, 18 anos, qual a reação do empresário? Não tem como escapar:
- 18 anos ... não tem menor não ? Dezoito já é muito ...
Depois desses últimos jogos da gloriosa seleção do Dunga, confesso ter me coçado pra poder perguntar a ele se não tem futebol menor ..

domingo, 15 de junho de 2008

Não pára, não pára, não pára !

O título engana o leitor. A crônica dessa semana não é sobre a nova música da torcida do Corinthians, mas sobre a seleção brasileira. O escrete canarinho (e que apelido feio, esse) deixou, simplesmente, de ser Brasil. Agora é um brasil qualquer. Não costumo ser saudosista, muito pelo contrário. Não me agrada aquele tipo de gente que só fala “que saudades daquele Bangu de 38” ou “do tempo em que essa seleção tinha sei-lá o-quê”. O futebol muda, os estilos mudam e é necessário que a mentalidade dessa gente também mude. O FUTEBOL NÃO PÁRA NO TEMPO.

Acontece, no entanto, que essa transformação do Brasil em brasil tem me incomodado bastante. A coisa já não é boa a partir do momento em que a gente ouve falar coisas do tipo “seleção que nada, eu sou Flamengo! “. O Brasil não está mais ligado à sua seleção, fora ano de Copa. O brasil não quer mais saber de Brasil. O BRASIL NÃO PÁRA MAIS O BRASIL.

Assistindo ao jogo contra o Paraguai (eliminatórias, 2 a 0 pros caras), não via nem mais o jogo. Comecei a querer entender o que se passa na cabeça de quem joga, de quem comenta e de quem assiste. Mas me parece, infelizmente, que só quem está de fora tá fazendo isso. Pararam de jogar que nem Brasil. O negócio agora é ser Inglaterra: Põe um monte de armários em campo e joga a bola por cima pra ver se alguém cabeceia. Futebol quadrado! O BRASIL NÃO PÁRA PRA ENTENDER O QUE TÁ ACONTECENDO.

Pelo lado dos que jogam, tenho a impressão de comodismo. Certos atletas aparentam a convicção de que não importa o resultado em campo, a amarelinha estará esperando por eles.Alô Dunga, renovar a seleção não é convocar novos velhos nem montar uma nova panelinha. A minha interpretação de Renovar é tornar algo novo, diferente, variado. É muita gente merecendo a vaga do Elano, do Josué, do Mineiro, do Luisão, do Gilberto, do Maicon e do Daniel Alves (esses dois últimos então, me dão até tremedeira!). E pra não dizer que eu só critico : Olha o Thiago Silva (pra zaga), o Cicinho (pra direita), o Kléber e o Marcelo (pra esquerda), o Hernanes e o Ramires (pra volante) ... faltou alguém? Ah, aproveita e avisa pro Robinho que o cargo dele de camisa 11 não é vitalício e, portanto, se não render o que rendia, tem uma galera batendo à porta dele também. A RENOVAÇÃO NÃO PODE PARAR.

Mais do que jogadores, falta ao brasileiro um motivo pra torcer pela seleção. O distanciamento da torcida em função dos poucos jogos aqui pode ser um motivo, mas será SÓ isso? Será que nessa seleção não falta alguém que seja uma referência pra quem acompanha, tipo o Ronaldinho, o Kaká, não sei! Quer dizer, até sei, mas falta o Dunga saber. Não dá pra esperar que todo jogo seja Robinho pra cá, Robinho pra lá, pedala Robinho ! Atenção galera, a seleção não tem sido, nem de longe, a verdadeira Seleção Brasileira. Perdeu o encanto, a magia. A SELEÇÃO DECIDIU PARAR DE SER A SELEÇÃO.PAROU. E, PRO NOSSO BEM E DE TODO FÃ DE FUTEBOL, NÃO PODIA ..

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Padre, eu sequei !

Sim, eu confesso: Sequei, e por me arrepender, confesso.

Não que eu realmente quisesse, de coração, ver o Fluminense na final. Não que eu quisesse, como o mais brasileiro dos torcedores, ver um adversário chegar onde o meu time não chegou (e, sejamos sinceros, por pura vaidade de quem não devia se admirar). Apesar de tudo e não tendo absolutamente nada a ver com o acampamento repleto de Cabañas gordas e coloridas em pleno Maracanã, lá está o tricolor das Laranjeiras: No centro das atenções latino-americanas, com a missão de passar (pela segunda vez) pela “não-tão-convincente “LDU, do Equador.

O mundo da bola nem precisa mais girar pra mostrar que surpresas podem acontecer, como o “Maracanazzo do América”, a saída do Boca ou a própria eliminação do São Paulo pelo Flu. Nada impede, pelo menos na teoria, que algo de muito sinistro aconteça nos dias 25 de junho e 2 de julho. Mas a parte prática e o lado jornalístico da Libertadores ficam pra outra oportunidade. O que interessa é: Secar ou não, eis a questão !

A cultura de futebol tem regras de conduta bem definidas quando a gente realmente gosta do esporte e tem um time. Torcer significa querer o meu sempre na frente do alheio, não importa qual a fronteira regional da coisa, entende? Digo que, se a questão é torcer pra um time argentino (é isso mesmo, argentino!) eliminar o Fluminense pra que eu possa continuar tirando onda, que assim seja. No entanto, é difícil pensar em ser comentarista com essa mentalidade. Se eu nunca tive o costume de ver o lado imparcial da coisa, ou até fazer como os grandes ídolos e torcer sempre pelo time brasileiro (seja ele qual for) , chegou a hora de mudar a postura! É de extremo recalque, pessoalmente falando, despejar sobre o Fluminense todo o azar e desgosto que decorreram daquela fatídica quarta-feira.

Afinal, como já foi dito, que tem o Flu a ver com o fracasso em tons rubro-negros? Que podem eles fazer pra nos salvar? Chamar o Chapolin? Não, isso não rola. Pelo lado deles, a competência e a seriedade, apesar da marra de uns e outros, fazem dos tricolores um time merecedor de sua quase conquista. Por mais que o coração de torcedor diga o contrário, não é hora pra ser rival. Dois times de mesma espinha dorsal merecem ser irmãos pelo menos uma vez na vida! Boa sorte ao tricolor!

Abrindo o Jogo

Bem gente,
Novamente, eu crio um blog. Desta vez, no entanto, deixo de lado as viagens, fotos e saídas pessoais dos áureos 14 anos e dou lugar ao meu lado jornalístico-criativo (existe isso?)
Esse blog vai servir como um "mostruário" das crônicas que eu escrevo, nas quais o futebol deverá ser o tema principal -o que não me impede de fugir do assunto de vez em quando.
Provavelmente, nos próximos dias, vocês já devem se deparar com uma ou até duas publicações de textos que -ainda- não passam de idéias. Não liguem para o exagero deles, pois é escrevendo assim que eu gosto de me expressar. Melhor, não. Pior, muito menos. As conotações, metáforas e mensagens escondidas em outras palavras são apenas uma "assinatura" dos meus textos.
Aos que quiserem dar a moral de comentar e recomendar para quem ainda não conhece, muito obrigado.
Aos que optaram por não fazer uma ou nenhuma das duas coisas, também agradeço. Afinal, vocês são tão leitores quanto os outros.
Aos que não entraram pra ler, passar bem.