Todo ano, quando o campeonato vai chegando no finzinho, começa aquela discussão sobre a estrutura (ou a falta dela) nos clubes. Sem dúvida, ela é um fator importantíssimo para o sucesso de uma equipe. Mas será só isso?
Se estrutura fosse solução, os Atléticos Mineiro e Paranaense estariam bem melhor, já que têm uma infra-estrutura de primeiro mundo. Mais do que isso, é necessário ter uma diretoria competente e um planejamento mínimo.
Quando a diretoria deixa a desejar em um destes quesitos, acontece o que aconteceu com muitos clubes grandes da série A. Não houve um planejamento que desse conta das competições mais importantes. Por isso Vasco e Santos dependem de um ou dois jogadores e o Botafogo não consegue terminar bem as competições que disputa.
Pode ser também que exista o planejamento, a estrutura e a seriedade, mas não sejam adequados à realidade que se vive. É só ver a Portuguesa: um time com tudo que é necessário para subir da série B para a série A. Só esqueceram-se de replanejar, visando a permanência na elite. A menos que tenhamos surpresas, Santo André, Avaí e Barueri devem passar pelo mesmo problema.
À medida em que há uma organização, por menor que seja, o desempenho melhora e o rendimento é outro. Vide Cruzeiro, Palmeiras, Internacional e (por incrível que pareça) Flamengo. Campeões estaduais, engajados em torneios internacionais e com uma boa diferença de pontos sobre os concorrentes (à excessão do Internacional). Isso porque não fizeram nenhum grande projeto, muito pelo contrário, mas prepararam-se mais adequadamente.
E, finalmente, quando o trabalho é sério, bem planejado e adequado. Quando um treinador é ótimo e tem o respaldo do clube para fazer o seu trabalho, dá certo. Vide São Paulo.
domingo, 30 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
EIs que no 36º round...
..as lutas continuam sem qualquer definição de ganhadores e perdedores. Claro, há tendências que se confirmam em pouco tempo e já não são surpresas para ninguém. Ou alguém esperava, sinceramente, que o Ipatinga fosse fazer uma campanha brilhante? Ou que, talvez, o São Paulo do Muricy fosse ficar satisfeito com a vaga na Sulamericana?
Sim, esta é a parte previsível do campeonato, pois sempre há um provável campeão (normalmente o São Paulo) e um time que se rebaixa em pouco tempo. Agora, neste ano, com o fim da zona do “nada” (entre rebaixamento e sulamericana), isso é tudo que se pode dizer antes do fim do campeonato.
Fluminense e Vasco, agonizantes, seguem atrás daqueles pontinhos perdidos do início para fugir da degola. Quanto ao tricolor, repito, vejo um time que pode escapar com “tranqüilidade” da zona e ainda beliscar uma vaga na Sulamericana, pois tem time e motivação para que tudo aconteça.
Em relação ao Vasco, ainda não consegui me convencer de uma suposta melhora. Sim, o time tem mais disposição, correria, raça. Mas a defesa continua perdida, o meio confuso e o ataque sem se firmar. Fora o próximo jogo, contra o possível campeão antecipado. O jogo vai ser decisivo para um, para o outro e para o campeonato como um todo.
Enquanto o Botafogo cumpre tabela, o rival Flamengo voltou a encher de esperança o seu torcedor. No Maracanã, no último domingo, uma das melhores exibições da equipe em todo o ano. Um show de Ibson, Kleberson e a participação decisiva de Éverton fizeram o rubro-negro mais feliz.
O técnico Caio “Harry Potter” Júnior, dessa vez, não precisou da sua capa de invisibilidade. Pelo contrário, soube tirar os coelhos certos da cartola e foi ovacionado pela nação ao fim do jogo. Sessenta e cinco mil pessoas viram um time que não deve ser campeão, mas ainda sonha alto.
Em uma luta de 38 rounds, à altura do 36º, pelo menos 10 lutadores ainda devem manter a guarda alta para não acabarem na lona.
Sim, esta é a parte previsível do campeonato, pois sempre há um provável campeão (normalmente o São Paulo) e um time que se rebaixa em pouco tempo. Agora, neste ano, com o fim da zona do “nada” (entre rebaixamento e sulamericana), isso é tudo que se pode dizer antes do fim do campeonato.
Fluminense e Vasco, agonizantes, seguem atrás daqueles pontinhos perdidos do início para fugir da degola. Quanto ao tricolor, repito, vejo um time que pode escapar com “tranqüilidade” da zona e ainda beliscar uma vaga na Sulamericana, pois tem time e motivação para que tudo aconteça.
Em relação ao Vasco, ainda não consegui me convencer de uma suposta melhora. Sim, o time tem mais disposição, correria, raça. Mas a defesa continua perdida, o meio confuso e o ataque sem se firmar. Fora o próximo jogo, contra o possível campeão antecipado. O jogo vai ser decisivo para um, para o outro e para o campeonato como um todo.
Enquanto o Botafogo cumpre tabela, o rival Flamengo voltou a encher de esperança o seu torcedor. No Maracanã, no último domingo, uma das melhores exibições da equipe em todo o ano. Um show de Ibson, Kleberson e a participação decisiva de Éverton fizeram o rubro-negro mais feliz.
O técnico Caio “Harry Potter” Júnior, dessa vez, não precisou da sua capa de invisibilidade. Pelo contrário, soube tirar os coelhos certos da cartola e foi ovacionado pela nação ao fim do jogo. Sessenta e cinco mil pessoas viram um time que não deve ser campeão, mas ainda sonha alto.
Em uma luta de 38 rounds, à altura do 36º, pelo menos 10 lutadores ainda devem manter a guarda alta para não acabarem na lona.
domingo, 2 de novembro de 2008
Quando ganhar de um é goleada
Acredito que, no futebol, as coisas aconteçam como naquele ditado “você é o que você come”, sendo alimento o que o técnico diz ao atleta. O técnico Caio Júnior, antes da partida contra a Portuguesa, cometeu a infelicidade de afirmar que uma vitória por um a zero seria como ganhar de goleada.
Sem hipocrisia, o que leva o técnico de um time deste tamanho a colocar na cabeça de seus comandados que uma vitória magra, dentro de um Maracanã cheio, contra a Portuguesa (nada contra!) é suficiente? Uma coisa é o time jogar para ganhar e só conseguir um gol, aí até entende-se. Outra coisa, completamente diferente, é fazer com que o time jogue bem até fazer o primeiro gol – afinal de contas, “virou goleada” – e daí parar. Ou não foi isso que aconteceu sábado?
Ganhar de um a zero é goleada quando um time na zona do rebaixamento tem um clássico contra outro na mesma situação e se organiza a fim de vencer. Foi o que fez o Vasco. Mesmo não fazendo um bom primeiro tempo, achou os espaços necessários para fazer o gol do jogo, sem abdicar do ataque após o tento. Não que a situação tenha melhorado a ponto de poder relaxar, mas ganhar um clássico a essa altura faz diferença – e como !
Ganhar de um a zero é goleada quando você joga um clássico paulista no caldeirão do adversário e consegue a vitória nos acréscimos. Um gol suado, aos 46 da segunda etapa, e o Palmeiras segue vivo na luta pelo título. O herói, quem foi? Alex Mineiro, Kléber, Martinez? Não, não. Ele é Léo Lima, o camisa 27 do Palestra.
Ganhar por um gol é goleada quando seu time está ameaçado pelo fantasma do rebaixamento e vai enfrentar um de seus maiores algozes dos últimos anos. Foi o que fez o Atlético-MG, ao derrotar o Botafogo no Mineirão. Polêmicas à parte, o resultado do jogo foi 2 a 1 pro time da casa.
Entre todos os que golearam por um gol, há uma semelhança. Notaram ? Todos eles entraram para ganhar. Não por um, dois ou cinco gols. Simplesmente entraram sentindo-se na obrigação de vencer e o fizeram, como era de se esperar.
Acorda, Caio Júnior! Chances como essa não aparecem o tempo todo!
Sem hipocrisia, o que leva o técnico de um time deste tamanho a colocar na cabeça de seus comandados que uma vitória magra, dentro de um Maracanã cheio, contra a Portuguesa (nada contra!) é suficiente? Uma coisa é o time jogar para ganhar e só conseguir um gol, aí até entende-se. Outra coisa, completamente diferente, é fazer com que o time jogue bem até fazer o primeiro gol – afinal de contas, “virou goleada” – e daí parar. Ou não foi isso que aconteceu sábado?
Ganhar de um a zero é goleada quando um time na zona do rebaixamento tem um clássico contra outro na mesma situação e se organiza a fim de vencer. Foi o que fez o Vasco. Mesmo não fazendo um bom primeiro tempo, achou os espaços necessários para fazer o gol do jogo, sem abdicar do ataque após o tento. Não que a situação tenha melhorado a ponto de poder relaxar, mas ganhar um clássico a essa altura faz diferença – e como !
Ganhar de um a zero é goleada quando você joga um clássico paulista no caldeirão do adversário e consegue a vitória nos acréscimos. Um gol suado, aos 46 da segunda etapa, e o Palmeiras segue vivo na luta pelo título. O herói, quem foi? Alex Mineiro, Kléber, Martinez? Não, não. Ele é Léo Lima, o camisa 27 do Palestra.
Ganhar por um gol é goleada quando seu time está ameaçado pelo fantasma do rebaixamento e vai enfrentar um de seus maiores algozes dos últimos anos. Foi o que fez o Atlético-MG, ao derrotar o Botafogo no Mineirão. Polêmicas à parte, o resultado do jogo foi 2 a 1 pro time da casa.
Entre todos os que golearam por um gol, há uma semelhança. Notaram ? Todos eles entraram para ganhar. Não por um, dois ou cinco gols. Simplesmente entraram sentindo-se na obrigação de vencer e o fizeram, como era de se esperar.
Acorda, Caio Júnior! Chances como essa não aparecem o tempo todo!
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