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domingo, 2 de novembro de 2008

Quando ganhar de um é goleada

Acredito que, no futebol, as coisas aconteçam como naquele ditado “você é o que você come”, sendo alimento o que o técnico diz ao atleta. O técnico Caio Júnior, antes da partida contra a Portuguesa, cometeu a infelicidade de afirmar que uma vitória por um a zero seria como ganhar de goleada.

Sem hipocrisia, o que leva o técnico de um time deste tamanho a colocar na cabeça de seus comandados que uma vitória magra, dentro de um Maracanã cheio, contra a Portuguesa (nada contra!) é suficiente? Uma coisa é o time jogar para ganhar e só conseguir um gol, aí até entende-se. Outra coisa, completamente diferente, é fazer com que o time jogue bem até fazer o primeiro gol – afinal de contas, “virou goleada” – e daí parar. Ou não foi isso que aconteceu sábado?

Ganhar de um a zero é goleada quando um time na zona do rebaixamento tem um clássico contra outro na mesma situação e se organiza a fim de vencer. Foi o que fez o Vasco. Mesmo não fazendo um bom primeiro tempo, achou os espaços necessários para fazer o gol do jogo, sem abdicar do ataque após o tento. Não que a situação tenha melhorado a ponto de poder relaxar, mas ganhar um clássico a essa altura faz diferença – e como !

Ganhar de um a zero é goleada quando você joga um clássico paulista no caldeirão do adversário e consegue a vitória nos acréscimos. Um gol suado, aos 46 da segunda etapa, e o Palmeiras segue vivo na luta pelo título. O herói, quem foi? Alex Mineiro, Kléber, Martinez? Não, não. Ele é Léo Lima, o camisa 27 do Palestra.

Ganhar por um gol é goleada quando seu time está ameaçado pelo fantasma do rebaixamento e vai enfrentar um de seus maiores algozes dos últimos anos. Foi o que fez o Atlético-MG, ao derrotar o Botafogo no Mineirão. Polêmicas à parte, o resultado do jogo foi 2 a 1 pro time da casa.
Entre todos os que golearam por um gol, há uma semelhança. Notaram ? Todos eles entraram para ganhar. Não por um, dois ou cinco gols. Simplesmente entraram sentindo-se na obrigação de vencer e o fizeram, como era de se esperar.

Acorda, Caio Júnior! Chances como essa não aparecem o tempo todo!

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