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terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mais uma para o Diário de Petrópolis

Pequeno OBS: ESCRITO ANTES DO VEXAME CONTRA A ARGENTINA.


Título: Mais que o dom ...

As Olimpíadas enfim começaram para o Brasil. Com duas medalhas a mais do que na última semana (um ouro e um bronze), a TV dos fãs de esporte não desliga mais há alguns dias. E que semana, a nossa. Foi difícil de acompanhar tudo ao mesmo tempo, mas não é essa a questão.

Como de praxe, tivemos agradáveis surpresas e algumas decepções com medalhas que não vieram, em boa parte pelo principal fundamento do esporte, justamente aquele que o Brasil ainda não desenvolveu em plenitude: O fator psicológico.

A ginástica artística, por exemplo, serviu para provocar uma reflexão sobre a preparação de atletas para competições desse nível. No Pan, as constantes lágrimas de Jade parecem não ter sido suficientes para mostrar o quão desequilibrados estavam nossos competidores. E aí, deu no que deu: Até o Diego, que não costuma cair, não cravou seu último movimento. Talento, todos têm. Mas Olimpíadas, infelizmente, não se resumem ao dom de cada um.

Equilibrado, esse sim, é Michael Phelps. Ele poderia ter ganho as primeiras medalhas e se iludir, deixando a mente controlar o corpo. Ele podia ter perdido para o russo na última braçada. Ele podia nem ter competido. No entanto, como um atleta de ponta, superou o cansaço, os holofotes e o ego para entrar para história. Com oito medalhas e cem por cento de aproveitamento, é a prova viva de que dom e auto-controle precisam conviver em harmonia para quem quer chegar ao topo. Phelps é, simplesmente, um monstro do esporte.

Do outro lado da moeda, encontramos o ouro solitário de Cesar Cielo. Foi lindo, emocionante, um momento inesquecível. Tudo bem. Só não podemos nos esquecer de que nem tudo, ou melhor, quase nada está se encaminhando de acordo com o esperado. Nas mãos e nos pés de Marta, Ronaldinho e dos nossos times de vôlei –tanto de praia quanto de quadra- a difícil missão de salvar o Brasil de uma catástrofe. Afinal, volto a dizer, vai ser difícil olhar para cima e enxergar a Etiópia, o Cazaquistão e a Geórgia até 2012.

Falta cabeça, Brasil. Falta cabeça ...

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