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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Mais uma pro Diário

Fechando com chave de bronze

Após mais uma semana eletrizante de finais e últimas medalhas, os Jogos Olimpícos de Pequim terminaram. O resultado final foi um modesto vigésimo terceiro lugar, com apenas três medalhas de ouro e muito choro na bagagem.

Assistimos, atônitos, uma seleção de futebol que em momento nenhum lembrou o que costuma se chamar de Seleção Brasileira. Vimos um time sem qualquer vontade sofrer para fazer uma boa estréia, vencer – sem convencer – algumas equipes figurantes e cair, impotente, diante do maior rival. Perder pra Argentina é e sempre vai ser um problema, mas acontece. O que não pode é tirar do time a raça e o ímpeto de fazer gols, como a nossa verdadeira seleção. Isso, nunca. O bronze ficou barato ...

Um dia depois, aí sim, a seleção entrou em campo. Marta, Daniela Alves e cia vieram a campo reeditar a final das últimas olimpíadas, quando perderam para os EUA. Da mesma forma, talvez com uma pitada extra de dramatismo, jogaram muito melhor e mereciam aplicar uma goleada histórica. No entanto, o dia era “daqueles em que a bola não entra”, e o resultado foi uma medalha de prata quase irônica. Mais uma final perdida, elas não mereciam.

Também de prata, Márcio e Fábio Luiz – tal qual a seleção de Bernardinho -foram impotentes para vencer o bloqueio das fortes equipes americanas. Juntos a Robert Scheidt, que disputou a regata numa categoria que não é a sua especialidade, formaram o esquadrão prateado da nossa delegação. Uma pena, para quem esperava que daí fossem sair pelo menos mais dois ouros.

Medalhas de ouro, estas sim, foram as meninas do vôlei. Ao contrário de outros atletas (sem citar nomes), as comandadas de Zé Roberto aliaram técnica ao bom preparo psicológico, subindo com justiça ao degrau mais alto do pódio. Parabéns, seleção feminina de vôlei!

Faltou falar de Maurren Maggi, a última dourada. Esta medalha, como disse muito bem Arnaldo Jabor, não é do Brasil, é só dela. Sem incentivo nenhum por parte das autoridades, passou por cima do trauma do doping para se tornar campeã olímpica. Aos que salvaram o esporte brasileiro de uma enxurrada ainda maior de lágrimas e descupas, fica o nosso sincero agradecimento.

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