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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Utopia

Hoje, amigos, é o dia que eu planejava publicar alguma coisa sobre os bons exemplos que o Vasco tem para sair dessa situação – a pior já vivida pelo clube em toda sua história. E não são poucos os exemplos que eu poderia dar, mas o futebol ainda tem algo que me incomoda um pouco. Vamos deixar os exemplos para a semana que vem, porque a boa e velha história do amor à camisa continua me tirando do sério.

Era comum; quem viu, sabe. Zico não tinha em mente trocar o Flamengo por qualquer outro clube brasileiro. Roberto Dinamite quase trocou seu time pelo rival, mas acabou no Vasco. Garrincha até o fez, mas já em fim de carreira. Rivelino jogou com o coração em verde e grená. Assim também fizeram Pelé, Figueroa, Falcão, Raí e Ademir da Guia.

Tudo bem, nem tudo eram flores. Já existiam “traições”, como fez Gérson, o próprio Garricha, Renato Gaúcho e Mauro Galvão (Inter e Grêmio). Mas definitivamente era a mesma coisa sem a falsidade do dinheiro. Chega a ser irritante ver jogadores beijando qualquer escudo, como se aquilo fosse um amor de primavera.

Que necessidade tinha o Zé Roberto de beijar o escudo do Flamengo se ele cansou de beijar o do Botafogo? Cara-de-pau o Léo Lima, quando volta pro Vasco e pede para que a torcida esqueça de que um dia ele já beijou o escudo do maior rival. É igual ao profissionalismo de Gérson e Garrincha? Tenho lá minhas dúvidas...

Tem quem diga que no fim das contas é tudo igual, não interessa. Não concordo. Continuo na utopia de ver um clássico jogado por quem realmente ama o que está bordado à altura do peito. Imaginem vocês, qualquer clássico, do Rio ou de qualquer outro lugar, que seja jogado por quem tem habilidade de jogador e a paixão de torcedor. Só imaginem.

Ainda há aqueles que dirão que “o jogador tem que amar o clube que lhe paga o salário”. Ainda há quem prefira o alto salário ao bom e velho coração na ponta da chuteira. Estes que me desculpem, mas eu discordo.

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