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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Especial Botafogo

Amigos e leitores do DLNB...


Mais uma vez, e quem sabe pela última vez, peço desculpas mil pelo atraso. A vida andou enrolada e agora, surpreendentemente de férias, posso terminar o que comecei. Pretendo lançar os outros especiais nos próximos dias para que possamos mais tarde falar em contratações e, logo logo, em Campeonato Carioca, Libertadores, Copa do Brasil, Copa do Mundo e Brasileirão de novo!
Que prazer estar aqui novamente!


Por que o Bota, logo hoje?


Escolho hoje o Botafogo. Um time que passou mais um ano em branco e repetiu o que vem acontecendo nos últimos anos: Um bom campeonato carioca - até as finais, eliminação precoce na Copa do Brasil e um time nada convincente no Campeonato Brasileiro.


Tudo que a gente pode colocar como um "ah, mas..." da temporada 2009:

- O Botafogo não teve um elenco que suportasse toda a temporada. Embora fossem muitas as opções, poucos eram os jogadores que realmente tinham relevância no sentido técnico. Juninho, apesar dos gols, não é um bom zagueiro e Lucio Flavio escolhe a dedo quando quer jogar. Fica difícil...

- Não há no time um jogador de apelo, líder dentro e fora de campo, que puxe a torcida. O Vasco tem Carlos Alberto, o Flamengo tem Adriano e Pet (por que não?), o Fluminense tem Fred. O Botafogo não tem esse jogador há algum tempo. E não acho que o C.A. tenha o sido em suas passagens pelo alvinegro.

- Não acho que Estevam Soares esteja fazendo um bom trabalho. É uma aposta ainda sem muitos resultados, mas me parece que ele não conseguiu ajeitar o time. Acho legal a ideia de mantê-lo para a pré-temporada e deixá-lo trabalhar, até por que não há muitos técnicos disponíveis. Só não o demitam quando a coisa começar a ficar preta, porque quem entrar terá de segurar uma barra tão ou mais pesada do que a de Estevam em 2009.

- Como vem acontecendo, o clube não dispõe de grandes fontes de recurso. Por fatores já citados,o estádio não lota. Assim, o time não se empolga e portanto pouco vence. Consequentemente a sorte e os títulos não aparecem e altas cotas de patrocínio, nem pensar. Muito trabalaho para Maurício Assumpção em 2010.


OK, agora vamos falar de coisa boa

O Botafogo conseguiu escapar do rebaixamento, o que não deveria ser propriamente algo a se comemorar. Não há muitos trunfos a serem comentados, convenhamos, mas a nova presidência do Botafogo parece disposta a fazer um clube melhor. Há uma ou duas décadas que o clube não revela grandes atletas, mas tem se mostrado um revelador de "craques" escondidos. Nos últimos cariocas, vimos jogadores que chegavam sem alarde e faziam um grande campeonato. Mal ou bem, essas vendas engordam o porquinho do Bota, que pode se refazer aos poucos. Assim foram Welington Paulista, Maicosuel, Dodô e o próprio Zé Roberto.

Contratações

O Botafogo fez uma considerável reformulação em seu elenco e dispensou jogadores com inteligência. Talvez por falta de verba e de opções viáveis no mercado, outros mais limitados permaneceram para a próxima temporada. Isto não significa, no entanto, que Alessandro e Lucio Flavio não possam subir de produção com uma equipe melhor. Nâo acho que o Botafogo tenha feito contratações espetaculares, e tampouco vejo em "El Loco" uma grande esperança. Pode dar certo ou não, e isso só será possível detectar nas fases mais agudas da Copa do Brasil e no Brasileirão - convenhamos, o Cariocão não é referência. Mas reconheço que reforços como ele podem dar conta da carência de ídolos e líderes vivida pela torcida. Um argentino e um uruguaio nunca são demais quando é preciso reviver a raça e o espírito de luta de um time. Xô, preguiça!


Para 2010...

Mesmo com "El Loco" Abreu nos braços da torcida, não vejo o Botafogo como um dos favoritos. E nem acho que a final dos últimos três anos se repetirá, pois Fluminense e Vasco me parecem melhores candidatos. Bom lembrar: falei o mesmo nos últimos dois anos e quebrei a cara. Acho que com um pouco de sorte o Botafogo pode ir longe na Copa do Brasil. Para o Brasileirão, não consigo ver o time além da Sulamericana, infelizmente. Fica no ar...

Editorial

O assunto não poderia ser outro: O caso Jobson. Ter pena ou não, achar "humano" ou não; isso vai de cada um. Tenho pena sim, do garoto como pessoa. Acho que o envolvimento com este tipo de substância é prejudicial para qualquer carreira, qualquer vida. Torço e muito para que Jobson consiga "não entrar nessa". No entanto, as regras do esporte existem para isso. Um jogador profissional precisa ter a noção de que está servindo como um mau exemplo para a sociedade. Existem milhares e milhares de crianças que sonham ser como ele, batalham para isso. Não sei qual será sua pena nos tribunais e nem me arrisco a dar qualquer palpite, mas este tipo de conduta é inaceitável no meio esportivo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Especial Vasco

O fim-de-ano foi o momento do épico, do impossível, do que quebra a cara dos descrentes. E, por isso, vou lançar posts especiais de cada time. Eles serão divididos em 4 seções, para contrapor ideias e eu poder dar minha opinião. Não se preocupem, crianças: As seções serão rigorosamente as mesmas para os quatro, criando a neutralidade. Se é para ver pontos, vamos fazê-lo de forma metódica para não dar problema.

Por que o Vasco, logo hoje?

Para começar a série, nada melhor do que falar do Vasco, que assinou a papelada de volta para casa. Como no conto do filho pródigo, o time de São Janu largou a boa vida para passar por onde não se fazia necessário. Enfrentou dilemas, conflitos, brigas internas e crises. Mas está de volta, ainda mais forte do que quando deixou a elite, nos braços da galera.

Tudo que a gente pode colocar como um "ah, mas..." da temporada 2009:

- Como era o único time grande, não tinha dificuldades para se impor dentro do campeonato.

- Como os outros eram pequenos, o Vasco não teve um grande adversário.

- Os resultados foram apertados em boa parte do campeonato.


OK, agora vamos falar de coisa boa:

- A torcida foi crítica quando deveria, mas não abandonou o time em um momento sequer. E nas horas importantes, então...

- A diretoria Roberto Dinamite transforma o Vasco, pelo menos aparentemente, no clube sério e bem gerido que deveria ser. O Vasco é muito grande para aturar Eurico e cia. Dinamite deu um show de competência!

- O comprometimento do elenco. TODOS os jogadores souberam valorizar a camisa que vestem, mesmo que uns ou outros não tivessem competência para fazer parte do grupo. Do craque ao mais limitado, todos deram sangue pela causa. E deu certo, né?

- As contratações 08/09 foram, em grande parte, acertadas.


Contratações

O Vasco contratou e dispensou em larga escala. Apesar dos altos números, acho que foi proporcional para adaptar um time "Série B" para um time "Série A". Gosto bastante das contratações de Leo Gago, Rafael Carioca, aprovo a vinda de Marcio Careca para a esquerda, Rafael Coelho para o ataque e tenha minhas (muitas) dúvidas em relação a Dodô e Jumar. O resto é água de salsicha.

Para 2010...

O time-base do Vasco é forte candidato ao Estadual e mesmo ao título na Copa do Brasil. Para o Campeonato Brasileiro, vejo um time que ficará na metade de cima da tabela, com uma boa campanha (tipo Avaí e Palmeiras deste ano). A defesa é razoável, o meio é forte e o ataque vai depender da boa vontade do Dodô e do rendimento dos ex-jogadores de clubes menores.

Editorial

Quero, deixar claro que, propositalmente, esperei para citar Carlos Alberto neste espaço. Tudo que eu tenho para falar dele é um pouco pessoal, apesar de ser "baseado em fatos reais". Colocar o que escrevi abaixo como um tópico ali em cima seria altamente irresponsável.

Até meados deste ano eu não gostava do camisa 19. Aquela coisa do estereótipo, "não gosto de jogador 'bad boy' ". E não é que tenha sido de graça, ele me deu motivos para isso durante a sua carreira. Acontece que desde sua chegada ao Vasco ele mudou, e como!

Tornou-se o homem-forte do grupo, um líder. Ele é o cara que "puxa para si a responsabilidade" quando o bicho pega. Parou, aos poucos, de se estressar com o tanto que apanha em campo e seu foco foi apenas o Vasco. A bola e o Vasco. Como usar a primeira para ajudar o segundo? Ele descobriu. E jogou muito. Mesmo.

Minha ideia já mudou. E só para completar e mostrar que Carlos Alberto e Vasco vivem uma paixão, destaco aqui um pouco do que o próprio Carlos Alberto disse na coletiva de imprensa pós-subida:

"Hoje posso dizer que sou vascaíno. Quando o Werder me chamou para voltar (no meio do ano), cheguei pessoalmente para negociar e disse 'Se eu voltar, saibam que serei muito infeliz aqui'. E vocês sabem como eu sou quando estou infeliz, né? Caso não tivesse opção, pensei em fazer uma loucura: usar a camisa do Vasco por baixo da do Werder Bremen, para mostrá-la assim que possível. Eu sei que a punição seria pesada, mas eu faria isso tranquilamente."

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Valeu, Garotinho!

MINHA MATÉRIA SOBRE O LANÇAMENTO DO LIVRO EM www.puc-rio.br/puc-riodigital

Crianças queridas,

Após um mês de correria e produção quase zero, volto e reinauguro a minha veia cronista. Nada mais justo do que fazê-lo um dia após presenciar o lançamento da biografia de José Carlos Araújo, o Garotinho. O homem que é diretamente responsável pelo que hoje eu gosto, quero e vou fazer de minha vida, numa eterna brincadeira de criança (porque já diria o ditado, quem trabalha com o que gosta não trabalha). Confesso ter ficado sem palavras no momento de entrevistá-lo, e pauta nenhuma foi capaz de disfarçar o fascínio. Era o cara, na minha frente, falando comigo. Quem sou eu pra fazer qualquer coisa?






O título deste post é um bordão do próprio, que se encaixa perfeitamente no que descrevo abaixo.

Eu venho pensando....Dizem que eu sou exagerado. Transformo formigas em "bicho de dois metros", provas difíceis em "impossíveis", tudo é motivo para fazer do piolho um elefante. Coisa de quem gosta de dar emoção ao que vê, para dramatizar a história. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Discussões sobre a infância são recorrentes em qualquer conversa de jovens. São muitos os pontos comuns, sobre programas de TV, os mais variados "piques-sei-lá-o-quê" e a típica mania de dizer que minha geração teve a infância ummilhão de vezes melhor do que as "crianças de hoje em dia". E é sempre a mesma coisa...

"Hoje em dia as crianças com 9 anos não são mais inocentes. No meu tempo, a gente assistia Pokemon, Chiquititas e até mais ou menos uns 11 anos a compreensão das músicas dos Mamonas era zero. Mas como era bom! Tinha grupo de pagode cantando no programa da Eliana, tinha TV Colosso, Cavalheiros do Zodíaco, Melocoton...Aliás, falando em Mamonas, qual o problema em não deixar o cabelo do SAPO enrolar? E porque eu, no auge da infância, questionaria a calvície do dendobatra? (crédito pelo sinônimo = Leandro Hassum )"

Mas eu teimo em dizer, e digo, que alguma coisa em mim era diferente. Gastei em outras coisas meu tempo que deveria ser de pipa na rua, futebol descalço na rua, na vila. Não fui de bolinhas de gude. Não subi em árvores, não roubei goiaba. Li muitos gibis, muitos mesmo, mas eu não VIVI como a turma da Mônica. Eu tinha gosto por outra coisa. Eu gostava de vozes, de imitar, decorar falas, fazer igual. Dublar o Rei Leão, o Batman. "Meu nome não pinguin. Meu nome é Oswald Coubblepott!!"

Eu gostava era de futebol, de jogar e assistir. E de narrar. E de ter todos os times do universo dos botões Gulliver. E de jogar sozinho, narrar, assistir e torcer ao mesmo tempo. E eu não vou nem entrar na questão da coleção de camisas, das figurinhas, das escalações, da boa memória...

Ao mesmo tempo, por volta dos meus áureos 5 anos, eu era apresentado ao rádio. Vozes que me diziam o que rolava no Flamengo todo dia, antes e depois da escolinha de futsal.
"Mas pai, Rádio Globo de manhã?"
"É Bê, hoje não tem jogo, mas vai que eles falam uma notícia do Mengão?"
"Ah, tá certo, então".
Assim, tornei-me um ouvinte de um série de radialistas: Antônio Carlos, Loureiro Neto, Zora Ionara (hahaha), Perrout, Eraldo Leite....

E tinha um tal de Garotinho na história, mas ele tava em outro esquema. Era ele o cara que narrava o que eu não podia ver na TV. Fosse pelos jogos que não passavam pro Rio, fosse pela simples hora de uma criança de 5 anos ir para a cama. Enquanto não terminasse o jogo, eu não dormia. E a solução era pôr o radinho no ouvido e dormir escutando, agoniado, o "apontou, aitrou, entroou!" d'O Cara.


Quando eu digo que J.C.A mudou minha vida, não é mais um dos meus exageros. É a voz dele que me hipnotizava e me viciou nessa cachaça chamada rádio. Eu queria ser igual a ele nas gírias, no grito, na voz. Mesmo em meus saudosos torneios de botão Gulliver, no carpete da antiga casa onde morei, o sonho de ser como J.C.A era ao mesmo tempo tão perto e tão distante.


Perto sim, porque eu jogava sozinho, então fazia tudo. Manipulava resultados, dando ao meu ouvinte (sim!) uma emoção sem fim. Eu levava a brincadeira muito a sério. Cantávamos o hino (eu e meus botões), eles se cumprimentavam e eu me encarregava do resto. Ao mesmo tempo em que eu balbuciava narrações e gritos de gol, a voz que falava no "retorno" não era a minha. Imaginava como ele narraria aquilo e eu repetia, quase que involuntariamente. E eu não estou exagerando.

E longe também estava eu de ser narrador. Quem ia levar a sério um molequinho de 5 anos? Nem eu me levava a sério. Um dia minha mãe comentou comigo, ao me ouvir narrar pela porta do quarto, que eu seria narrador. Eu falei que não, nada a ver. Aquilo era só brincadeira. Dá-lhe timidez!

Cresci, e aos 11 anos estava naquele estágio bobo da vida. Mas não pense você que, por isso, parei com a "caixinha". Muito pelo contrário, foi em 2001 que Garotinho me "prestou o melhor serviço" em muitos anos: me contar os últimos 25 minutos da final do Estadual.
Tinha ido com a família almoçar no Joe and Leo´s do Fashion Mall e quando saímos de lá, o jogo estava 1 a 1, no intervalo.

Até que pagassem o estacionamento, saissem do shopping e eu criasse coragem pra pedir para ouvir o jogo, já tinha perdido mais da metade do segundo tempo. Eu tava já dentro do carro, triste com a camisa no colo, agoniado pois não pude assistir a final inteira. Eis que naquela narração histórica, os momentos que não assisti ao vivo, mas ouvi. Gol do Pet aos 43' do segundo tempo, numa cobrança de falta sem descrições. E vamos ser sinceros: que delícia ganhar uma final daquele jeito pela transmissão da Rádio Globo!

E o encantamento não teve mais fim. Agora, o rádio do meu carro já fica ali a postos no AM 122o ou no FM 92,5. Não ligo mais de chegar em casa após o jogo terminar, contanto que eu tenha um radinho em mãos. O número de ídolos cresce e, em cada gravação que faço, eu roubo um pouquinho do que eu gosto de cada um: Edson Mauro (foto abaixo), Evaldo José, Luiz Penido... Mas o Garotinho não é um narrador. É o cara que, sem me conhecer, "escolheu" minha carreira.



A bem da verdade é que eu entrei para a faculdade de Jornalismo com este sonho secreto. Não queria dar vazão, mas sempre nutri essa coisa do narrador de rádio. Adoro filmar pra TV, dar entrevista, escrevo com o maior prazer do mundo. Adoro ler e reler 200 vezes tudo que já postei aqui. Mas nada me atrai mais do que o maldito microfone. Ancorar programas, narrar o gol da Copa.

Imagine você qual não foi minha emoção ao entrar no "aquário do Maraca", onde ficam as cabines, pela primeira vez. E olha que isso não tem tanto tempo. Flamengo 1 x 2 Palmeiras, em meados de 2009. Foi com o pessoal do curso de Reportagem Esportiva da Escola de Rádio, na turma do grande Eraldo Leite. E quando de lá eu narrei o Fla-Flu, com os outros alunos do curso do hoje amigo Edosn Mauro? Com 2 gols do Adriano? Ihh, arrepiei.

Rodrigo Taves, o autor do livro, disse algo parecido com o que vou reproduzir, e mudar um pouquinho: "José Carlos era meu ídolo. Eu era amigo do Garotinho desde pequeno. Pra mim ele é de casa, mesmo sabendo que não ele não me conhece. E só o rádio tem esse poder."

Por isso, por tudo isso:

Obrigado, Rádio Globo. Há quase 20 anos, botando amizade nisso.

E obrigado a você, Garotinho. Sem você, talvez esse texto não exisitisse e eu certamente não faria nenhuma outra faculdade com tanto prazer. Obrigado pela certeza do "faço o que gosto e da melhor forma possível. Me ponham para narrar todo santo dia, e eu não estarei trabalhando. Farei mais ou menos como o garotinho de 5 anos, brincando no carpete."

Valeu, Garotinho!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Vasco X Figueirense - Íntegra

Crianças,
Aí vai a íntegra deste jogo, mais um pela Rádio Pirata. Este eu transmiti sozinho (sim!) e passei por mais dificuldades, até, do que no jogo do Engenhão. Como eu não esperava narrar, acabei narrando sem saber escalações. Um ou outro eu sabia, principalmente do Vasco, mas bem pouco. Só melhorou no intervalo, quando simpáticos supervisores do Figueira me cederam dados.

De qualquer forma, enxergo evoluções. A conferir... Comentem!



segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ouça os gols da rodada

Vasco 1 X 0 Duque de Caxias (Carlos Alberto)
FLuminense 3 x 2 Avaí (Alan, F.Neves, Alan)


Deste mato sai coelho!

Dou, hoje, meus parabéns ao Vasco pela bela vitória, mais uma, conquistada sobre o Duque de Caxias. Lamento, por outro lado, a derrota feia do Botafogo para o Vitória, em casa. Mas hoje eu quero falar do Fla-Flu que vem por aí. Por ambos os lados do clássico, espero ver a torcida comparecendo em bom número. É jogão de bola!

Primeiro e mais importante aspecto: é clássico. Assim, não tem essa de retrospecto, time melhor e pior, jogo passado ou futuro. Assim pode o Flamengo – que é um pouco melhor – vencer, como pode o Flu faturar em cima do rival. E se tratando de futebol, o imprevisível “tá” aí.

A equipe do Flamengo iniciou uma reação que pode embalar ainda mais. Com as entradas de Álvaro e Maldonado, o Fla está há cinco jogos sem perder e sem sequer sofrer gols. O time já tem Juan a disposição e Toró pode voltar. Bruno e Willians voltam de suspensão e Adriano deve jogar, a menos que algo surpreendente aconteça no decorrer da semana. Ou seja, motivação e time não faltam.

Por outro lado, é justamente nesta partida que o novo xerife do Flamengo não atuará. Álvaro levou seu terceiro amarelo domingo, no Beira-Rio, e está fora. Será que vai dar certo sem ele?
No lado Laranjeiras do clássico, a grande motivação vem única e exclusivamente da vitória sobre o Avaí. O tricolor, agora um pouco mais próximo da boca do túnel, terá no clássico a motivação perfeita para continuar uma possível reação histórica.

Não adianta calcular quantos pontos em quantos jogos cada time deve fazer. Para o Flu, cada rodada é uma decisão e, pelo visto nos outros times, a colaboração externa vem a cavalo. Sem falso otimismo: se o Fluminense conseguir manter a raça e se organizar minimamente, já será melhor do que Sport, Náutico, Santo André...

Olhos abertos e manto sagrado na mão! Aí vem um Fla-Flu de arrepiar!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Rádio Pirata strikes again!

Ouça, pela Rádio Pirata, a emoção dos 4 gols cariocas que fizeram a alegria da galera neste fim-de-semana. Na voz de Bernardo Edler, gravado em estúdio caseiro (casa), com a ajuda de recursos tecnonólgicos de última geração.
Vibre novamente com gols de Élton, Petkovic, Adriano e Willians!


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quem viu, sabe

Os fins-de-semana vêm me mostrando que o futebol do Rio só vale a pena, este ano, por Flamengo e Vasco. Ou alguém ainda acha que o Botafogo vai conseguir grandes feitos? Sulamericana, talvez? Não com essa bola! E o Fluminense, ah o Fluminense...

É aquela história de que enquanto é possível, o torcedor acredita. Acho válido e até acharia bem interessante se a torcida tricolor começasse, desde já, a abraçar seu time. Mas o que se vê é desanimador, e torcedor nenhum no mundo vai ao estádio para ver derrota. Ainda mais num time do Cuca, que passa “aquela” confiança...

O Botafogo arrumou um empatezinho até legal na Vila Belmiro. Apesar da carência de vitórias, todo mundo sabe que jogar contra o Santos lá é difícil. Mas, independentemente do resultado, o que me preocupa é o futebol feio e limitado que a equipe joga. E não é de hoje. Por isso, não consigo apostar no Bota como candidato ao título da Sulamericana.

Flamengo e Vasco, estes sim, merecem algum elogio. Não pelas suas atuações, que foram somente o suficiente para levar os três pontos, mas por destaques individuais. No Vasco, por exemplo, Carlos Alberto ainda me surpreende. Para quem não gostava e desconfiava do jogador, está aí a prova de que ele mudou para melhor. Melhor para o Vasco, que já está com um pé e meio de volta.

No Flamengo, o time teve atuação limitada e só. Acontece que deixaram jogar justamente quem sabe fazê-lo, e aí não tem jeito. Deixaram o Pet colocar a bola como ele sabe, e deixaram o Adriano respirar. Aí ele faz a festa. O golaço que ele tanto procurou contra o Sport saiu uma semana depois. O Imperador tem usado seus jogos para mostrar a todos que é, sim, muito melhor do que Diego Tardelli. A vaga no elenco da Copa está bem encaminhada. Quem viu o jogo e o gol de domingo, sabe.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Narrando!

Caros amigos...
Após 6 semanas de curso com o "bom de bola" Edson Mauro, aí vai um produto legítimo. Eu e Rafael Coelho fomos ao Engenhão e narramos, do meio da torcida, o clássico entre Botafogo e Fluminense. Narrei o primeiro tempo com ele comentando, e trocamos no segundo tempo.
Para quem quiser, boa escuta e opinem!

Por problemas técnicos, o primeiro tempo só vai até os 15 min, quando algum dos dois deve ter apertado o botão do gravador. Mas a partir da segunda etapa, a gente vai até o fim!

domingo, 30 de agosto de 2009

Pior para os fatos?

Os tricolores que me perdoem, mas escrevo este texto partindo do pressuposto que o Fluminense vai chegar à última rodada sem grandes mudanças em relação ao que vimos nos últimos jogos. Ou seja, o Flu pode até ter chances de se safar, mas vai ter de ganhar e depender de resultados alheios. Em outras palavras, é tarefa pra Hércules nenhum botar defeito.

Isso tudo porque o time começou o ano mal, com uma campanha fraca no carioca – para quem não se lembra, só passou às semifinais da Taça Guanabara porque o Vasco perdeu pontos e perdeu o Fla-Flu decisivo da Taça Rio. Saiu da Copa do Brasil e passou todo o campeonato brasileiro entre os piores. Desde o início do ano sofre goleadas e perde pontos “imperdíveis”. Sai René, entra Parreira e nada. Sai Parreira, entra Renato. Nada. Funcionários demitidos, jogadores vão, voltam e nada. Thiago Neves, neca de pitibiribas. E aí?

Não me lembro, em momento nenhum do ano, de ter dito “agora o Fluminense vai”. Não houve qualquer momento de euforia. Me lembro bem, a troca René-Parreira já não me agradou. Quando Renato voltou, a pedido (ordem) do “patro-sócio-cinador”, ainda pensei que algo pudesse melhorar. Não o time em si, pois o elenco era o mesmo. Mas em algum momento achei que um técnico motivador poderia dar uma correria ao time, como foi o Vasco do ano passado. Aliás...

O Vasco do ano passado caiu pelo que (não) fez no começo e no meio do ano. Como se nada fosse, o caso “eleições” ainda teve suas voltas e reviravoltas. Tudo isso mexe com o elenco, não tem como.Aí, no desespero de quem não vê a luz no fim do túnel, chamaram o Renato. E até mudou, melhorou um pouco. O time corria como louco, tinha o Madson em boa fase e, não fosse a mudança tão tardia, poderia ter escapado do pior. Poderia.

O Fluminense de Renato Gaúcho não é como o Vasco do ano passado. Pelo menos não pra mim. Eu não vejo no Fluminense aquela agonia de ganhar. O Vasco de Renato era limitadíssimo, mas a gente tinha certeza de que cada um ali fazia o que podia, mesmo que não fosse suficiente. O pessoal suava sangue, mas não trocava três passes. Aí, em função de tanta limitação, não teve jeito. Esse não é o Fluminense 2009.

O Fluminense deste ano tem jogadores melhores do que aquele Vasco. Tem uma estrela que ganha 400 mil por mês e não retribui. Tem duas diretorias que não se entendem, mas todo mundo sabe que quem manda é a que não deveria. Mas o que será do Fluminense no dia em que o patrocinador “jogar a toalha”? Nada bonito, crianças. Nada bonito.

O Kieza faz o que se esperava do Fred. O Diguinho (que nunca me encheu os olhos) é um zero à esquerda ou nem isso. Conca joga sozinho. Marquinho, Diogo, Fabinho e todos os outros meias ficam à margem do que se espera num time do Fluminense. O Luiz Alberto é só dicurso e já está até chato; toda vez a mesma coisa. “Vamos mudar”,” “está difícil”, “agora cada jogo é uma final”, “não podemos conitinuar assim”, “vamos sair dessa”. Não adianta só falar, Luiz. Tem que jogar também.

Planejamento que é bom, nada. Contratações vêm e vão, nada funciona. Tomara que eu queime a língua, mas não sei mais em quem confiar. E se o planejamento não começar ontem, ano que vem também pode acabar em lágrimas, frustrações. O cair e não subir, o estádio vazio, o patrocinador que não acerta o passo com o presidente.

O Corinthians, quando caiu, em um minuto tratou de se estruturar. E assim, montou um belo time que subiu, foi campeão estadual e da Copa do Brasil no ano seguinte. É só planejar. Trouxe bons jogadores por um preço aceitável (exceto Ronaldo), um treinador inteligente e uma diretoria séria. Tá lá, dois anos depois de cair, na Libertadores. Exemplo assim tem que ser dado.

O Vasco, com muito menos recursos, também fez o que pôde. Tá certo, ainda não terminou, mas a volta é questão de tempo. O time tem suas questões, mas é comandado por outro ótimo técnico. A diretoria fez alguns bons investimentos, trouxe recursos e vai encontrando seu caminho de volta.

Se o Fluminense cair, o que vai ficar? Que time vai iniciar 2010? A grana diminui, os melhores devem ir embora e ninguém ali realmente veste a camisa do clube – talvez um ou outro da divisão de base. Algum jogador vai verdadeiramente chorar a queda ou vão todos procurar outros times? E que postura Celso Barros e Roberto Horacades vão assumir em relação à sua relação, ao dinheiro, ao clube?

E fora isso tudo, uma questão de menor relevância, mas não desprezível: É possível e rentável jogar a Série B no Maracanã? A menos que a torcida faça algo inédito, é mais um prejuízo à vista.

Por tudo isso, é melhor para todo mundo acreditar que o milagre está por vir. Enquanto a matemática permitir, a torcida tricolor será peça fundamental para que o time faça o que deve fazer. Sem desistir, jamais, como Nelson Rodrigues preconizava: “E podem me dizer que os fatos comprovam o contrário, que eu vos digo: Pior para os fatos.”

domingo, 23 de agosto de 2009

Uns com tanto, outros com tão pouco

Que nojo me dá a série A do futebol carioca. Os times sem o menor estímulo para jogar, sem organização, sem dinheiro e sem uma voz ativa. Dentro e fora de campo. Ao contrário do Vasco, que deveria passar o ano do terror. Deveria. Vou até deixar para falar do Vasco no fim da coluna, para acabar bem.


O Fluminense não me dá nojo, mas decepciona. A gente não vê qualquer traço de organização em campo, parece que o time não se impõe. E não mesmo. O Fluminense não ameaça o adversário. E por mais que a torcida tente fazer sua parte, ninguém ajuda lá de dentro. Dinheiro tem, futebol não. E eu não consigo ver no time a capacidade de uma grande reação, infelizmente.

O Botafogo está naquela de Sulamericana. Ganha aqui, perde ali, empata acolá e o time grande vai sobrevivendo como outros tantos times médios. A inconstância que a gente conhece do futebol carioca. E é por ali mesmo que vai acabar, para que ano que vem volte a fazer o mesmo. Pelo menos é o que tem acontecido há alguns anos.

O Flamengo já não passa de um quebra-cabeças. Tem gente que realmente se machuca, tem quem seja constantemente expulso e tem quem não queira mais jogar. Aí, a solução é colocar um monte de garotos – que se esforçam muito, mas não podem resolver nada. E do jeito que está, é bom olhar para baixo porque a zona é logo ali. Só falta sobrar para o Andrade.

Os menores se revezam. Enquanto o Duqe de Caxias desce na série B, o único carioca vivo na série D vai passando fase a fase. Eliminou o Paulista e pode ir mais longe. Será que teremos o Macaé na terceirona ano que vem?

Mas vamos falar de coisa boa. E bom para a gente é Marca lotado, vitória e boa campanha. Contra times mais fracos sim, mas com planejamento e organização. Com um bom técnico e um elenco sem estrelas que faz bem seu papel. Coisa linda, o Marcanã no sábado. E o Vasco, por incrível que pareça, é disparado o melhor time do Rio.

sábado, 15 de agosto de 2009

A trilogia de sábado


CAPÍTULO 1 - O JOGO


Após tanta campanha e empolgação de minha parte, o Duque de Caxias teve sua sequência de três vitórias interrompidas. Tudo bem, não voltou ao Z-4. Mas, na boa, a zaga deste time é uma mãe!

Confesso que não vi o jogo todo, pois ficava trocando de canal para ver um pouco do Vasco. Aliás, vi apenas pedaços. A bola rolava num campo horrível em Edson Passos, a equipe jogava mal e sofria nas descidas do time do Figueirense. Além do meia Fernandes(que facilidade tem esse menino pra chutar!), o destaque do jogo era ninguém menos do que...

Tã-tã-tã-tããã...

EGÍDIO.
Sim, esse mesmo. É, ele. Pode acreditar.

Acho que eu não preciso mais dizer nada sobre o jogo em si. Preciso?

CAPÍTULO 2 - O AUGE
(ou seria declínio?)

Eu assistia aos jogos com a intenção clara de ter o que dizer em meu twitter recém-criado (@deletranabola). Toda rede social é assim no início: você acha tudo lindo, quer fazer bonito pra todo mundo ver. Mas é claro, não deixei de lado a minha campanha lançada há 3 posts atrás. Por isso, estava eu na sala, com sorvete e controle remoto à mão, para assistir às bolas que rolavam nos canais 19 (Globo) e 123 (PFC).

Na procura do que escrever em meu mini-blog, me deparo com a impossibilidade de postar escalações de jogos. Muitos caracteres. Resolvo, então, deixar minhas apostas e me dar por satisfeito até que eu pudesse dizer algo legal sobre os jogos quando já estivessem terminados. E já estava eu longe da sala e do sorvete, ouvindo a TV do quarto enquanto me arrumava para sair de casa. Aí disse o narrador Guto Nejaim: "Divulgados público e renda do jogo".

Parei tudo. Eu sabia que o Caxias não atraía mais do que algumas famílias para o estádio. No jogo contra o Juventude, por exemplo, menos de 300 pessoas compareceram. E eu sabia também que o número de hoje não seria muito maior que isso. Mas leia o que eu ouvi, estático, com a roupa vestida pela metade:

"75 torcedores pagantes
125 torcedores presentes
980 reais, a renda"

Bom lembrar, a torcida do Figueira veio sim ao jogo.
Gente, o que é isso? Isso não é Segundona do Carioca (até porque se fosse, e se o América estivesse em campo, a história seria outra. Tem Romário, né?), é Brasileiro. Mas não justifica. Nem de longe. A equipe não faz uma campanha ruim de todo, ainda mais se você considerar que é um time novo. Debutante. Fora do Z-4, ganhou de times grandes, vinha de três vitórias seguidas. Hoje era a estreia do Tony, que até pouco tempo era do Botafogo.

Nessas horas eu descubro que poucas pessoas leram meu texto. Ou leram e não levaram a sério. E se levaram a sério, fizeram como eu: torceram de casa. A energia positiva vai ter que ser mais forte, tal e qual tem que ser o sistema defensivo - que nojo! Tomando gols bizarros e só ficando por isso mesmo porque o atacante do Figueira era o Paulo Sérgio (sim, esse mesmo. É, ele. Amigo do Egídio, iisso!)

P.S: Não está fora dos meus planos ir a jogos do Duque e vou fazer um esforcinho pra conseguir a camisa deles. É maneira, essa branca. Quem quiser me acompanhar nessa aventura com cara de furada, é só levantar a mão. o/ Pra quem já pagou para assistir Tigres do Brasil X Bonsucesso no estádio do Serrano(Petrópolis), um jogo da Segundona é luxo. É ou não é? Ah, eu quero achar uma camisa do Bangu também, só por causa do Marinho.

CAPÍTULO 3 - O FIM

Eu não tenho muita ideia do que possa acontecer daqui pra frente. O Vasco a gente sabe que vai voltar, mas e o resto? Na boa, eu não tenho A MENOR ideia. O Fluminense tá começando (timidamente) a se mexer. O Flamengo é a eterna inconstância. O Botafogo é aquela "água de salsicha", que simplesmente está ali, fazendo seu papel. Fica ali na dele, bonitinho, mas não chega a lugar nenhum no fim das contas. E o Duque a gente deixa pros próximos capítulos
.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

AGORA NO TWITTER!

A INOVAÇÃO CHEGOU AO "DE LETRA NA BOLA" !
APÓS ALGUNS MESES DE UMA RESISTÊNCIA INICIAL, ESTAMOS TAMBÉM NO TWITER! ELE SERVIRÁR PARA COMENTÁRIOS RÁPIDOS SOBRE NOTÍCIAS COTIDIANAS E TAMBÉM NO PRÉ/DURANTE/PÓS JOGO.
SIGAM-ME OS BONS!

www.twitter.com/deletranabola


A propósito: São poucos leitores e muito menos os que levam algo a sério. Mas parece que o movimento de "energia positiva pró-Duque" já tá dando certo.
Três vitórias seguidas e a equipe já está fora do Z-4. Que continue assim!
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Brasileirao/Serie_B/0,,MUL1263629-9828,00.html

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Déjà vu?

desculpem o trocadilho infame.


Leitores, hoje abro mão do texto sobre a rodada do meio de semana. Não posso deixar de parabenizar o Fluminense pelo ótimo resultado e lamentar as derrotas de Flamengo e Botafogo. Mas algo me chamou muito a atenção durante os últimos dias.


Ao longo desta semana uma das histórias mais comentadas foi a volta do meia/atacante Fernandão ao Goiás. Até aí, tudo bem. Acontece que ele é extremamente identificado com o Internacional e já havia dito que, caso voltasse, o time do Sul teria preferência para contratá-lo. Anunciada sua volta ao Brasil, o que faz o cabeludo? Aparece já dizendo-se jogador do Goiás, clube que alçou sua carreira.

Todo mundo estranhou. Eu estranhei. “Mas peraí, e o Inter?” Aí sim, tentando convencer a Deus e o mundo de que não havia feito nada de errado, o jogador solta: - Não recebi qualquer proposta do Inter e preferi voltar à casa que me abriu as portas.


PERAÍ, FERNANDÃO. SÓ UM MINUTO. ESTA HISTÓRIA EU JÁ OUVI.


Rebobino a fita para o ano passado. Fora do Milan, voltando de lesão, Ronaldo Fenômeno decide recuperar sua forma no Flamengo – clube que ele diz amar e ter vontade de defender (para quem não lembra ou não sabe, ele treinava no Flamengo mas não tinha dinheiro para ir e voltar todo dia. Sem ajuda da diretoria do clube, foi ao São Cristóvão e de lá começou sua carreira).

Me lembro como se fosse ontem. Ronaldo chegou à Gávea ainda bem gordo, vestiu o uniforme rubro-negro e passou meses treinando por lá. Elogiou companheiros, estrutura, tudo bonitinho. Tudo pronto para a volta triunfal do fenômeno.

Era dia 9 de Dezembro, quando o jornal “Lance!” anunciou o que investigava e divulgava, mas sem qualquer crédito por parte de leitores e mídias concorrentes. Estava sacramentado. “Ronaldo é da Fiel” era o título da capa do diário na sua versão paulista. O “furo” do jornal rendeu dias e dias de discussão e manifestações de parte a parte. Nada mudou, e o assim o Fenômeno “traía” seus sentimentos. A justificativa: O Flamengo não fez nenhuma proposta, e a do Corinthians me agradou. Dá pra acreditar numa coisa dessas?

ALGUÉM (AINDA NÃO) NOTOU SEMELHANÇAS?

Tudo bem, respeitemos as diferenças. Cada um pode puxar a sardinha para o seu lado, querendo mostrar quem “traiu mais”. Fernandão já era ídolo da torcida, levou o clube a títulos como Libertadores e Mundial. A camisa vermelha já era como pele. Declarou amor ao cube, beijou escudo, veio assistir jogos do Inter em seu período de férias. E na hora H, ele se faz de desentendido e acerta com o Goiás (onde foi importante também, mas nem tanto).

Pelo outro lado, Ronaldo nunca jogara pelo Flamengo. Em função disso e do seu declarado amor ao clube, imagine a expectativa que não se criou. Sua identificação com a torcida era apenas verbal, no campo das promessas. Mas quando se trata de torcida do Flamengo, promessa é dívida. Meses de namoro, que culminaram numa traição escancarada.

QUE FIQUE BEM CLARO: Não estou, de forma nenhuma, defendendo as diretorias de Flamengo e Inter. Perderam a concorrência porque deixaram rolar frouxo, não imaginaram que tudo isso pudesse acontecer. Falharam sim, e feio.

Só acho que, em certos casos, fazer-se de desentendido não combinam com a situação e fica ruim para todo mundo: Clube, diretoria, atleta, torcida. Eu não tenho dúvidas de que ambos os jogadores sabiam do peso de suas decisões, e que os retornos aos supostos “clubes do coração” não seria negociação das mais difíceis. Era só dizer “sim”. Faria mal se algum dos empresários ao menos procurasse as respectivas diretorias para atualizá-las da situação atual? Algo como “olha só... O cara tá recebendo proposta de outros lugares. Se quiser que ele fique (e ele quer, ou não), anda logo!”.

Não dá pra saber o que realmente aconteceu, o que foi dito ou não. Fato é que Ronaldo e Fernandão não são como outros jogadores quaisquer. São, mais do que pessoas públicas, ídolos que geram expectativas em multidões. Frustradas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Campanha pró-Duque

“Todo carioca é um pouco América também...”
“Aquele Bangu de 66 era um timasso!”
“Aquele grande time do Bangu, vice campeão brasileiro de 85”




Falar em um segundo time aqui no Rio de Janeiro é, invariavelmente, cair em uma destas três frases. Bangu e América são times de fácil identificação e simpatia por parte do torcedor carioca, acostumado a vê-los brilhar em campeonatos Estaduais.

Fato é que Bangu e América já não podem mais ofuscar a visão do torcedor, porque simplesmente não são mais o que eram. Não estou dizendo que o torcedor deva abandoná-los, pois isso já nem é mais possível. Eu quero mais é que o torcedor realmente apóie os times pelos quais tem simpatia e eu preciso admitir que os dois citados são queridos ao extremo.

Aliás, é bom deixar claro que eu sou também um dos que simpatizam por estes clubes. Belas camisas, grandes jogadores, hinos consagrados – aliás, há quem diga que o hino do América é plágio da música “Row row row”, de Roy Hodges. Torço pelo sucesso de ambos, sem hipocrisia.

OBS 1: Por alguns minutos parei de escrever este texto para rever, na internet, momentos marcantes destes clubes. É compreensível que eles “puxem” tão forte apego do torcedor do Rio. São clubes que já se misturaram ao dia-a-dia do povo, têm funcionários antigos e o cotidiano de quem mora nas redondezas dos estádios se confunde com a história dos clubes. Como jogou bola o ponta-direita Marinho, do Bangu, na final do Brasileiro de 85!


Mas voltando ao assunto: O que eu quero dizer é que as gerações a partir do final dos anos 80 e início dos anos 90 nunca conheceram uma quinta força do Rio. Eu, particularmente, nas minhas curtas e boas memórias esportivas, não lembro de nenhum grande Bangu, sequer um lendário América. Muito pelo contrário.

De lá para cá, tudo que fizeram foi chegar à finais de turno (quando muito) e, mais recentemente, brigar para não cair para a SEGUNDA DIVISÃO DO RIO. E nem isso conseguiram. Agora, com o América brigando para voltar, muitos olhos se voltam novamente para o estádio Giulite Coutinho, como se nada mais estivesse acontecendo. Volto a dizer: apoio que o torcedor vá e torça em todos os jogos do América.



Mas eu gostaria de informar que, neste momento, há um outro clube do Rio chamando ainda mais atenção, mas que não tem recebido o olhar merecido. Talvez por sua história recente, o Duque de Caxias ainda não tenha convencido o torcedor carioca da sua importância no cenário atual.

Há anos e anos que um quinto time do Rio de Janeiro não disputava a segundona do Brasileiro. Há anos e anos o torcedor do Rio não tinha um outro time para torcer no período pós-estadual. O Rio não tem, há muito tempo, uma Portuguesa Santista – aquele time que tem poucos torcedores, mas uma legião enorme de simpatizantes (mesmo fora do estado de SP) que se orgulham, se decepcionam e acompanham o clube passo-a-passo.

Agora que o Duque de Caxias chegou, ninguém se importa muito. Por que isso? Às vezes me sinto meio maluco de comemorar quando “sai a bolinha” anunciando um gol do Duque. É lógico, eu sou o único. Não vejo ninguém que leve a sério essa coisa de ter um time “alternativo”. E não é nem isso. A gente fala e as pessoas acham que é maluquice; que é passageiro; que só o Bangu e o América têm direito a grandes feitos no posto de 5º time.

Elegi o Caxias como minha Portuguesa. Se todo segundo time precisa de cores vibrantes e um pouco diferentes do seu time de coração, o Caxias é legal até nisso: Azul, branco e laranja! Que outro time grande usa azul e laranja? Ah, pode falar: Maneiríssimo!


O Duque de Caxias, para quem se interessar, já esteve nas cabeças e atualmente está na 17ª colocação – na zona do rebaixamento, de onde pode sair caso vença o ABC, em Natal, na próxima rodada. O time da última partida (vitória por 2X1 contra o Paraná, em casa, com pouco mais de 200 torcedores) foi escalado com: Vinícius; Gustavo, Santiago e Pessanha (Valdanes); Oziel, Leandro Chaves, Roberto Lopes (Bruno Moreno), Juninho e Paulo Rodrigues; Thiago Santos (Tiaguinho) e Edivaldo. Técnico: Rodney Gonçalves.

OBS 2: Pronto. Agora você não tem mais desculpas para se fazer de desentendido.

Só por isso eu escrevi este texto-relato-desabafo-pedido. Para lançar essa campanha pró-Duque de Caxias. Se você não pode ir ao jogo, pelo menos torça de longe. Assista quando possível. Ao menos sorria quando a TV anunciar um gol do Edivaldo - que, por sinal, deve ter mais gols do que Fred, Victor Simões, Pimpão e Josiel juntos. Entre em http://www.souduque.com.br/ e veja que lá estão ex-jogadores do seu time. Se hoje o Madson é o camisa 10 do Santos, há um ano e meio atrás ele estava na baixada fluminense (esquecido pelo Vasco).


O vídeo acima mostra os 4 gols de Edivaldo na goleada sobre o América-RN


Não vou pedir para que você escreva coisas em seu Orkut e Messenger; essas campanhas não costumam vingar. A coisa é mais psicológica mesmo. E Por que não?

Rapadura é doce,mas...

...não é mole não. Muito pelo contrário, para quem jogou no fim-de-semana achando que ia fazer e acontecer. Renato Gaúcho, desde que reassumiu o Fluminense, parou de falar asneiras porque provou na pele que futebol é dentro do campo.

Que o diga o centroavante vascaíno Adriano. O camisa 39 do Vasco não é de falar, não esnobou ninguém, e está certo. Em compensação, ele anda esbarrando nas próprias limitações e está sentindo na pele que jogar em time grande pode ser sonho ou pesadelo. Como perde gol, esse rapaz! Para a sorte dele, a equipe não dependeu de sua competência para vencer mais um jogo e entrar de vez no G4. Mesmo sem ter moleza, o Vasco vai “indo bem,obrigado”.

Também vale o ditado para o Botafogo. O time recebeu o Barueri que, mesmo aproveitando a badalação de estar lá em cima, vinha de uma sequência ruim de resultados. A vitória só veio a dois minutos do final, pelos pés de André Lima. O time continua preocupando com seus “apagões” durante o jogo, mas enfrentou um adversário incapaz de tirar proveito disto. Mesmo assim, o time parece que vai se ajustando para fazer um campeonato, no mínimo, sem sustos.

Alô, Andrade! O ditado também serve para você! Depois de muito confete e sorrisos com a efetivação do interino como técnico, o Flamengo penou para empatar contra o então lanterna Náutico. O resultado talvez traga à realidade aqueles que acharam que o time tornara-se uma maravilha de uma hora para outra. Atenção pouca é bobagem, pois o time continua com dificuldades na armação e deixando muitos espaços para o adversário contra-atacar. E a zaga?

O Fluminense parece pedir para ver o circo pegar fogo. Mais uma péssima exibição da equipe e nova derrota, que entrega a poderosa lanterna-abacaxi às mãos de Renato Gaúcho. Diga-me você, leitor! O que o Fluminense precisa para sair deste buraco? Deixe seu comentário.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Crônica de quinta

Caros 7 leitores (a Mulher-Melancia não conta) do blog,
Vou passar a fazer crônicas sobre jogos da rodada de meio de semana. Não sobre todos os jogos, como vocês já estão acostumados, mas sobre um jogo apenas. Mais detalhada, intrusiva e analítica do que o normal, a proposta é a mesma: Trazer a vocês a minha visão do que rolou e está rolando, com sugestões e comentários SEUS.
Para começar, vamos de Flamengo 3 X 1 Atlético-MG ?



Se o jogo começou elétrico, não foi à toa. O Flamengo vinha de uma semana conturbada, com tantas demissões e a polêmica que envolve o comando do time. Uma semana após a demissão de Cuca (tão criticada por 90% dos comentaristas da TV, mas não por mim) e de alguns dirigentes,quem ficou ainda não sabe o que fazer. O novo vice de futebol Marcos Braz ainda não se entendeu com o presidente em exercício Delair Dumbrosck e o time ficou nas mãos do sempre interino Andrade. E, quem diria, este mesmo interino conquistou o carinho dos jogadores, venceu o Santos lá e veio cheio de moral para o jogo contra o então líder. Até a torcida já pedia sua permanência, mesmo antes de a bola rolar. E aí, o que fazer?

Do outro lado, um Atlético cheio de moral. Líder do campeonato, sempre elogiado na mídia (não me iludo mais com essas coisas. O time está em boa fase, mas está no patamar de outros dez), um ataque eficiente e até jogador na seleção. Mais maduro e focado, Diego Tardelli fez por merecer sua convocação e ligou a luz de alerta para o sumiiido Alexandre Pato. Como se não bastasse, as lembranças do último confronto, no mesmo palco contra o mesmo time, remetem a um 3 a 0 que calou 81 mil flamenguistas espereançosos de um título.

Ingredientes para o jogo não faltaram.

Voltando ao assunto, o jogo começou elétrico. O Flamengo foi com tudo para cima do Galo e, com menos de 30 segundos de jogo, teve nos pés de Leo Moura uma chance incrível. Por cima. A bola chutada quase da pequena área que passou próxima do travessão custou caro. Nem dois minutos, e Serginho ganhou dividida no seu campo de ataque, confundiu a zaga do Flamengo e deixou Éder Luís livre para abrir o placar. Dois minutos e meio, marcava o relógio. O que será que passou pela cabeça de Andrade? Não sei, nem quero.

Fato é que o Flamengo parecia nem ter sofrido gol. Continou elétrico e indo ao ataque, organizando-se melhor com o tempo. O time mineiro, pelo contrário, parece ter sofrido um baque com o gol marcado. Desorganizado e com uma defesa frágil, dava espaço para tentar contra-atacar, mas não conseguia. Dava sim, o espaço, mas quando tinha a bola errava tudo. Assim, melhor no jogo, o Flamengo empatou aos 36 minutos do primeiro tempo. Em uma das muitas bolas antecipadas por Toró e Wellinton na altura do meio campo, o xodó de Joel Santana achou um ótimo passe para Leo Moura. Aí, em chute mais difícil do que aquele primeiro, o lateral acertou o canto e espantou as vaias que acumulava.

A virada não demorou. Três minutos bastaram para Emerson (o Sheik da Gávea. Ó, Sheik!)recuperar bola próximo à sua área de ataque. Daí para trás, em Adriano, que achou Éverton. O garoto fez boa jogada individual e encontrou Kléberson, sozinho, que bateu de primeira no mesmo canto direito onde Leo Moura acabara de guardar a bola. 2 a 1, para o primeiro tempo terminar em festa da torcida. Veja os gols do jogo no vídeo abaixo.





Para o segundo tempo, os técnicos fizeram o que deles se esperava: Andrade, na sua calma habitual, não mexeu no time. Do outro lado, o já desesperado Celso Roth fez duas mexidas. Tirou o "zero à esquerda" Júnior e o meia Seginho, para as entradas infelizes de Marcos e Evandro. infelizes sim, pois apesar de buscar o gol, o Atlético continuava sem conseguir levar perigo. Para piorar, o ainda criativo Marcio Araujo teve séria contusão por volta dos 10minutos e teve de ser substituído por mais um atacante (Pedro Paulo).

Mas os erros no meio e na defesa continuaram, tanto que aos 14 minutos, Everton antecipu mais uma bola e puxou o contra-ataque rubro negro. Levou até a área, se enroscou com o zagueiro e a bola sobrou para Adriano. O Imperador passou pelo zagueiro e deixou o próprio Everton sozinho para fazer o terceiro. Aí, meus amigos, o jogo foi o maior dos marasmos durante 20 minutos. O Flamengo não se arriscava e, ao mesmo tempo, não permitia que o adversário chegasse. Não bastasse isso, dois jogadores do Galo (Aranha e Éder Luís) estavam contundidos mas não podiam mais ser substituídos. "Vai no sacrifício aí, meu filho!"

Somente aos 35 minutos o Atlético decidiu vir para cima. O Flamengo, já sem Toró e Emerson (substituídos por Camacho e Zé Roberto), não tinha mais tanto poder, tanto na marcação quanto no ataque. Éder Luís ficou nas mãos de Bruno, Diego Tardelli ficou no chão (quando do juiz não deu o pênalti de Willians), Evandro ficou torcendo para que sua cobrança de falta fosse alguns centímetros para o lado e Pedro Paulo parecia ter oito pernas quando ficou cara a cara com o goleiro do Fla. Que ridículo! Ele conseguiu chutar com o pé de apoio (!!!), e, sem goleiro, chutar na trave. Não era mesmo um jogo pro Galo. Fim de jogo.

Andrade ganha força como técnico para o Flamengo. Se ele não é o treinador dos sonhos, ele ao menos sabe o valor da camisa rubro-negra muito melhor do que seu antecessor. Solução caseira também é solução!
Para o Atlético-MG, a perda de liderança não é o fim do mundo, assim como o time não me parece ser o melhor do Brasil. Não vejo o Atlético nem na Libertadores, para ser sincero. A conferir!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Uma hora acontece...

...aquilo que as pessoas sabem que vai acontecer, mas nunca acham que vai acontecer naquele momento. Assim foi a rodada do Campeonato Brasileiro para os cariocas das séries A e B. A exceção foi o Caxias, pois perdeu mais um jogo, e, como se esperava, já está namorando a zona de rebaixamento.

No sábado, o Vasco perdeu. É normal, numa competição longa, que o time perca sim. Claro, é ruim para o torcedor e para o ânimo do próprio time, então embalado por uma sequência de vitórias. Mas a equipe tinha apenas uma derrota na competição e não é o fim do mundo perder para o Bahia, lá. Não se desesperem, torcedores vascaínos: apesar de estar fora do G4 momentaneamente, o time da Colina vai voltar!




O Botafogo, enfim, conseguiu um belo resultado. Mesmo deixando o Internacional empatar um jogo quase ganho, o gol de Alessandro deu mais três pontos ao time de Ney Franco. Sem grandes mudanças, mas com André Lima no ataque, o Botafogo parece que vai se ajeitando na competição.

Já no domingo, o Flamengo foi à Vila quebrar um jejum de mais de 30 anos. Não tinha a menor pinta de que ia acontecer, mas aconteceu. Mesmo sem muita organização, o time de Andrade (muito mais querido que Cuca, por sinal) conseguiu uma boa vitória sobre o Santos. Com isso, o Flamengo compensou um pouco a sequência de maus resultados em casa e agora recebe o líder do campeonato. Vale observar este garoto Bruno Paulo (na foto, o que está de braços erguidos, nº36): em pouco tempo que teve nos dois jogos em que entrou, mostrou muita vontade e personalidade. Vale a pena investir nele!



O Fluminense, apresentando enfim um bom futebol, não conseguiu mais do que empatar com o bom time do Cruzeiro. Muitas chances de gol perdidas, mas uma clara evolução em relação aos times de outros técnicos. Renato gaúcho parece ser o técnico perfeito para times desmotivados. A disposição e a vontade do time, se continuarão assim até o fim do campeonato, fica a conferir...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tudo trocado

O Vasco trocou, por um ano, o futebol charmoso e a tradição pelas limitações da Segundona. Eu evito comparações com o Corinthians do ano passado, que teve muito mais dinheiro para se estruturar e montar o bom time, que perdura na série A e está no G4. O Vasco, ao menos, dá alegrias. Vence, convence e mostra que é, sim, capaz de voltar bem à elite. Parabéns, novamente, ao time do ótimo Dorival Júnior.






Ney Franco, no Botafogo, trocou sua conhecida calma pela fúria e indignação com a arbitragem ao fim do clássico com o Flamengo. Não vejo justificativas para isso, afinal erros aconteceram para os dois lados e, sinceramente, o time não é bom. Depende muito dos chutes de Juninho e não consegue, há alguns anos, uma campanha convincente no Brasileirão. Ainda acho que contratar Jônatas não foi uma boa opção, pois pede salários altos, treina de má vontade e vive contundido, apesar da sua habilidade reconhecida. Simplesmente não cabe nesse time.





O Flamengo de 2009 trocou um problemão por dois outros. Trouxe Adriano para resolver o problema da frente, mas vendeu Ibson e não tem um zagueiro de bom nível para jogar com Angelim. Resultado: uma zaga terrível e um meio confuso, que mal consegue fazer a bola chegar ao bom ataque. Deveria o Flamengo trocar “o seis” por meia dúzia. Explico: Juan, o camisa 6, já não parece mais querer jogar. A ideia de trocá-lo (junto com Leo Moura) por meia dúzia de bons reforços, apesar do péssimo trocadilho, é uma solução para quem diz não ter dinheiro (mas contrata Dênis Marques, pagando 200 mil por mês!).



E o Fluminense, o pior de todos. Trocou de técnico, trocou o Ruy de posição e não resolveu o problema da lateral direita. A zaga continua fraquíssima e o patrocinador não se mexe para isso. Fred já tornou-se um atacante como qualquer outro, com a diferença do salário três vezes maior. Não faz mais gols nem é mais forte que os outros, ainda é indisciplinado e constantemente expulso. Já passou da hora de abrir o olho, pois a torcida não quer sentir novamente o gosto do descenso.





terça-feira, 14 de julho de 2009

Pixotadas à la carte

Eu me preparava para escrever a coluna de hoje sobre vitórias, empates e derrotas. Me preparava para falar bem do Vasco, do Botafogo e até do Flamengo. E apesar das derrotas, não seria cruel com Fluminense e Duque de Caxias. Até que resolvi rever os gols da rodada.

A cada lance que passava, eu pensava “que gol estranho”, “não, mentira, ele não fez isso” e coisas do gênero. Ao fim do vídeo, fiquei até aliviado de não ter mais o que ver: era muita coisa feia numa rodada só.

Falhas de goleiros, quantas! Uma no Morumbi, uma no Mineirão, no Barradão... O que houve eu não sei, mas parece que os goleiros desaprenderam a sair jogando. O do Cruzeiro, fora da área, resolve ajeitar com o peito para o companheiro, pressionado por um rival. Não podia dar em boa coisa. E quando a gente pensa que o chutão resolve, olha o que fez o Dênis, do São Paulo. Bom, só para o Fierro, que (enfim) fez o primeiro dele pelo Fla.

Falhas de zagueiros, inúmeras! Só no Vitória 6 X 2 Santos, a zaga dos paulistas tirou o dia para fazer o que não se deve. E o que nem se cogita fazer. E nem porque venceu, o Vitória escapa. Um pênalti violento após uma pixotada daquelas de fechar os olhos para não ver. Coitado também do Wellington Monteiro do Fluminense, que entrava na área para ajudar e, quando viu, havia empurrado a bola contra o próprio gol, na derrota para o Avaí. O Engenhão não escapou das “estranhices” da rodada.

Desta vez, nem a pobre grama ficou de fora. Na goleada do Palmeiras sobre o Náutico, os gols chamaram a atenção pelas poças, buracos e escorregões até propositais, como no quarto gol do Verdão. Bolas que quicam errado, sobram para o outro lado e surpreendem qualquer um, desde o jogador até o torcedor.

E não dá pra não falar em arbitragem. No Morumbi, já não bastasse o estranho gol do Fierro, o árbitro contribui dando um pênalti feito fora da área e não marcando outro, ambos do Flamengo sobre o São Paulo. Para a sorte dele, um erro acabou compensando o outro. Que fase!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Mudando o foco

O fim-de-semana esportivo renderia, tranquilamente, um post em tom triste e preocupado. Poderíamos falar da lanterna do Botafogo, dos empates na série B ou do Fla-Flu sem graça. Mas não, pelo menos por essa semana. Vamos falar do que alegrou o fim-de-semana.

Começando pelo domingo de manhã, na final do NBB. Me confesso surpreso com a qualidade do evento, inspirado na liga americana de basquete. Desde a estrutura do estádio até o formato do evento, com cantores, celebridades e atrações nos intervalos. Está surgindo a nossa NBA, ainda guardadas as proporções.

Após estar em jogos de ambas as ligas, notei quanto o basquete brasileiro está em evolução. Enterradas, belas jogadas individuais e coletivas formam o repertório da nova era. O basquete nacional está vivo e mais forte que nunca.

O jogo foi mais do que uma simples partida: Um show de luzes, fumaça, vídeos bem feitos e atrações. Ao unir tudo isso com a estrutura invejável da Arena da Barra, tivemos um evento de alto nível. O vído abaixo foi produzido pela FlaTV e exibido no placar eletrônico, quando as luzes se apagaram para a entrada e apresentação dos jogadores do Fla em quadra. Muito legal!



Minha única ressalva é a falta de investimento dos grandes clubes do futebol. Ele seria válido mesmo que, para isso, os times arrumassem patrocínios exclusivos para este esporte. Mais charme ao campeonato, público, renda, espaço na mídia e visão internacional para quem está fazendo por merecer. Não é justo?

Sei que, com a crise política e econômica que vivem grande parte dos times de futebol, já é difícil bancar o essencial. Mas não vejo como uma tarefa impossível arrumar um partocinador alternativo (como a Cia do Terno, no Flamengo) para ajudar com os custos.

E eu não estou falando de equipes de pequeno porte. Estou falando dos outros três cariocas, os quatro de São Paulo, Inter, Grêmio, Cruzeiro, Atlético-MG, Coritiba, Atlético-PR e Sport. Não incluo nesta rápida lista outros times pois tentei pegar os que tem mais recurso financeiro/projeção nacional. Sim, eu sei que os cariocas etão longe da riqueza, mas penso que seria lucrativo o investimento em um time competitivo (que usasse atletas do próprio Brasília e/ou do Joinville, por exemplo).

Se cada clube se associasse a um time do NBB e colocasse algum dinheiro, seu escudo e sua camisa, teríamos um campeonato muito mais charmoso, com rivalidades regionais. Se possível, os clubes poderiam também ajudar com o aluguel/construção de quadras modernas e aptas para grandes eventos.

Sei que tudo isso não passa de sonho, mas não custa nada, né?


E eu não vou deixar de lado, é claro, a seleção campeã da Copa das Confederações. Uma seleção que não se desesperou com uma zebra querendo dar as caras. Uma demonstração de que, quando se joga sem estrelismo e afobação, a supremacia não demora a ocupar seu lugar. O Brasil é e sempre foi melhor –muito melhor- que os americanos. Não tinha motivo para perder.



Elano no banco de Ramires, Kaká em boa forma e Robinho sem a responsabilidade de jogar por todo o time. Agora sim a seleção tem cara de Brasil. Agora sim, a seleção faz a tradição prevalecer. Falta menos de um ano para Copa e as expectativas são as melhores.

Veremos!



Pequeno OBS: Cansado de criticar a diretoria dos clubes de futebol, devo fazer justiça e reconhecer o excelente trabalho de João Areias, ex-vice-presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo. Ele entrou no cargo com ginastas indo embora e quatro meses de atraso salarial no basquete. Quando ele sai, deixa o título do NBB e contas em dia, fora todo o marketing "Flabasquete". Está de parabéns!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Por essas e por outras...

Que fim-de-semana interessante para o futebol. Não apenas pela vitória do Brasil, mas por tudo que aconteceu nos jogos de sexta, sábado e domingo. Situações inusitadas que só o futebol pode proporcionar ao torcedor.

E começou cedo, na noite de sexta. Já de cara, é difícil de se imaginar que Vasco e Duque de Caxias se enfrentariam pela mesma divisão do Brasileirão. E quando o jogo acontece, vê-se um Vasco em má fase e um Duque de Caxias que surpreende não apenas pelo bom resultado, mas pela maturidade de uma equipe na qual não se acredita muito.

O Botafogo jogou sábado e só fez sofrer com essas armadilhas da bola. Um jogo difícil contra o Vitória, lá na Bahia, e o empate suado parecia um bom resultado. Eis que, no último minuto, gol do Vitória em falha de Renan. A cada jogo, começo a achar que Ney Franco já parece ter seu prazo de validade vencido, como aconteceu em suas passagens por Flamengo e Atlético-PR.






O mesmo aconteceu com o Fluminense, mas com algumas diferenças. O time saiu atrás, empatou o jogo e levaria um pontinho pra casa, não fosse um golaço no último lance. Um chute ímpar, que deu a vitória ao Avaí. Não acho, porém, que o time deva se abater para o Fla-Flu de semana que vem. O bicho vai pegar!






O Flamengo, que vinha de dois jogos tenebrosos, enfrentou o mistão do Inter e não teve pena: sapecou quatro gols, e o Imperador deu as caras novamente. Embora as atuações sejam irregulares, o time lembrou alguns bons jogos dos últimos anos. Mais do que isso, a boa atuação do time é um atrativo para semana que vem.





E é claro, a Copa das Confederações! Não só pelo passeio do Brasil, mas pela classificação americana. Da maneira que foi, deixando a Itália e o surpreendente Egito para trás.

Coisas que só acontecem no futebol, coisas que tornam o esporte tão apaixonante.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Alegria que vem da baixada

O sábado e o domingo diferentes para o futebol e o torcedor carioca. À exceção do Botafogo, que finalmente venceu, todos os outros ficaram devendo um pouco. Mas os choques ficaram por conta de Duque de Caxias e Flamengo, cada um à sua maneira.

O Vasco foi jogar contra o Guarani, dentro do estádio alviverde. Por mais que eu esperasse uma vitória cruzmaltina, não acho que o resultado tenha sido ruim. Sem a dupla Pimpão e Élton, além de Carlos Alberto expulso, o Vasco segurou o empate contra um adversário até então 100%. Um empate que não responde pela boa campanha que os cariocas certamente farão.










O Botafogo, dentro de casa, bateu o inconstante time do Santos por 2 a 0, para a alegria e o alívio da torcida. Alegria pela vitória e alívio pelo fim de um jejum que já durava quase dois meses. Vale festejar, mas com moderação. O Botafogo ainda não é o time dos sonhos do torcedor. Muito pelo contrário.


Fluminense e Grêmio jogaram no Maracanã e deixaram o placar da forma de como o jogo começou. Empate sem gols, todos perdidos pelos tricolores do Sul e do Rio. Ainda não creio que Leandro Amaral vá voltar a jogar aquela bola redondinha, mas já dá sinais de vida no ataque tricolor. Ao lado de Fred, SE Leandro voltar à boa fase, formará uma das melhores duplas de ataque do Brasil.

Enfim, os choques. Começando pela “má notícia”, de um Flamengo que simplesmente esqueceu-se de quem é. Um time sem identidade, organização, comando. Foram nove gols sofridos e apenas dois feitos em dois jogos. Sem comentários. Ainda vale a pena manter o Cuca depois de tudo que se passou esse ano? Pra pensar...





Alegria sim, a do tricolor da Baixada. Enfim, um time “pequeno” do Rio chega à Segundona e faz um belo papel. “Só” 4 a 1 no América-RN, com direito a show do artilheiro Edivaldo – fez os quatro! Os grandes que me perdoem, mas nesse fim-de-semana a alegria é da Baixada!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ê chatice!

Finalzinho de semana chato, para a gente aqui do Rio. Mesmo com a vitória do Fluminense, nenhuma atuação de encher os olhos do torcedor. Empates na série B, derrota estranha do Flamengo e um clássico feio, que terminou com um gol bonito. Aliás, quatro gols em quatro jogos cariocas, sendo dois na derrota rubro-negra, um do Duque e unzinho no clássico. A média é boa, as circunstâncias nem tanto.

Gols bonitos pintaram, e logo de onde não se esperava. Num clássico que tinha tudo para acabar sem gols, Fred resolveu mostrar serviço a cinco minutos do fim. E o artilheiro do Duque de Caxias, Edivaldo, arrumou uma bela meia-bicicleta (ou seria puxada?) que garantiu o empate contra o Fortaleza, lá. É o Duque, superando as expectativas na segundona!

O Vasco, após a eliminação do meio-de-semana, não teve facilidade contra o São Caetano. Um empate em zero, com destaque para os goleiros. Mas o destaque do jogo, muito negativo por sinal, vai para o atacante Élton (foto). Um carrinho frontal sobre o adversário, que tinha a bola dominada bem longe da meta de Fernando Prass. Necessidade zero. Que vergonha, Élton! Expulsão incontestável.

Frustração é a palavra que define o sentimento rubro-negro. Contra o Sport, dentro da “bombonilha”, uma derrota não costuma ser surpreendente. E não deveria, se o Flamengo não tivesse aberto dois gols de diferença. No mesmo espaço de tempo em que fez dois, levou quatro! Isso é inaceitável para um time que busca o topo da tabela. Está mais do que provado: o Flamengo dos últimos anos não sabe jogar segurando resultado.


E no clássico do Maracanã, um jogo de muitos erros e que tinha tudo para acabar em zero a zero. Mas é nessas horas, amigos, que aparece quem sabe jogar. Passe de Leandro Amaral, e Fred tira o goleiro com um balão, antes de tocar de cabeça para as redes. Um golaço, coisa de quem sabe. O Fluminense, ainda muito longe do que pode jogar, acaba faturando o clássico e ganhando motivação para os próximos jogos.

terça-feira, 2 de junho de 2009

"Obina! Tudo pode acontecer..."




O Flamengo, na última semana, desfez-se temporariamente do limitado atacante,mito e lendário Obina. O atacante agora veste verde-palmeira e já em seu segundo jogo saiu do jejum: fez gol e teve seu nome gritado pela torcida alviverde.

Não acho que ele devesse ou deva ser tão maltratado pela torcida rubro-negra. Todo mundo sabe que Obina não é melhor que o Eto´o, não tem tantos recursos com a bola nos pés e tem problemas com seu peso. Apesar disso, o atacante foi a grande solução encontrada pelo Flamengo nos últimos 3 ou 4 anos para a carência de ídolos. Há quanto tempo não se via um apelo tão forte da massa por um jogador? Mesmo em seu tempo de vacas magras, as pixotadas de Josiel ainda pediam sua entrada em campo. É aquela velha história: "Põe o Obina, pô! Do jeito que ele dá sorte e tem estrela, vai que ele faz alguma coisa boa nesses últimos minutos..." E eu não tenho a menor dúvida de que, caso fizesse um gol, ele voltaria a ser melhor que o camaronês, ainda que por alguns minutos.

E não é só isso. Obina não é simplesmente um sortudo adotado pela galera. Ele deu motivos para ser o que é (agora, era). De 2005 pra cá, o baiano participou de 4 títulos (influenciando diretamente em três) e fez um gol que valeu por todos os títulos: aquele contra o Paraná, aos 47 do segundo tempo, livrando a equipe do rebaixamento. A saída de Obina é boa para todos, após tanto tempo numa relação desgastada com o Flamengo, para onde possivelmente ele voltará - e não será pela porta dos fundos, por onde injustamente saiu.

Um misto de bisonho e amuleto, este é Obina. Sinceramente, não só pelo que fez em campo mas pelo carisma e pela simpicidade, torço - e muito - por ele. Queria vê-lo fazendo o que algumas pessoas imaginaram: Levar o Palmeiras ao título da América e à final do Mundial, onde ele enfrentaria seu "sósia" do Barcelona e faria o gol do título de canela, quase sem querer. Ou alguém duvida que ele tenha essa capacidade? Já diria o ótimo narrador João Guilherme, "Obina! Tudo pode acontecer..."

Aliás, o que diria o baiano para o craque? Seria algo como " Meu nome é Obina e muita gente me acha melhor que você. Me dá sua camisa no fim do jogo?"




P.S - Nada contra os outros times brasileiros da Libertadores, mas essa cena que descrevi acima é algo que eu queria muito ver.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Montanha-russa carioca

Mais um fim-de-semana de emoções divididas para o torcedor carioca. Quatro jogos, com duas vitórias e duas derrotas. Gols saindo, defesas falhando, belas jogadas, decepções, pixotadas e o campeonato mal começou. Este ano vai ser de arrepiar!

O Vasco, novamente, deixou de lado a divisão e o adversário para jogar bola como time grande que é. Um time que não deixou de passar sufoco, sofrer com a defesa mas sair com uma bela vitória por três a zero. Jogando assim, o time vai voltar com muita dignidade à divisão de onde não poderia ter saído.

Já no domingo, o Botafogo foi ao Sul com a missão de surpreender o bom time do Grêmio. Não que a equipe tenha jogado mal, mas a derrota foi justa. Os gaúchos, com o apoio incondicional da torcida, foram bem superior e fizeram dois a zero sem muitos problemas. Apesar disso, a derrota do Fogo não é motivo para desespero: vencer grandes equipes fora de casa nem sempre é possível.

Decepção, de verdade, teve o torcedor com a equipe do Fluminense. Um time sem qualquer organização, jogando de qualquer forma e que não se impôs dentro de um Maracanã quase vazio. Não bastasse a goleada, o lateral Eduardo Ratinho ainda deu um carrinho criminoso sobre Neymar e foi expulso. Uma atitude ridícula para um jogador que ainda não se firmou. Reforços são essenciais, principalmente para a lateral direita, se o Fluminense almeja uma campanha digna nesse campeonato.

Por último, o Flamengo teve trabalho para vencer traumas contra o Santo André. Não só o trauma do próprio time do ABC paulista, mas o trauma da partida pela Copa do Brasil, contra o Inter. Com uma bela atuação de Ibson e o oportunismo de Josiel, o Fla saiu do sufoco e da pressão. Quanto ao ataque, não se esqueçam, o próximo jogo já tem a estreia de Adriano.

A próxima rodada promete. Quem está devendo precisa mostrar serviço, o Vasco tem um jogo difícil no Paraná e o Flamengo precisa embalar, na levada do Imperador. Veremos!

terça-feira, 12 de maio de 2009

A nova onda do Imperador

Em meio à competições e jogos importantes, a diretoria do Flamengo anunciou a contratação do atacante Adriano, que . Sim, o Imperador está de volta à Gávea. Bom ou ruim? Será que a vinda de Adriano trará gols e títulos ou noitadas e problemas? Ou será que tudo junto?

O custo-benefício do “Imperador” para o Flamengo é uma incógnita, já que o seu salário está por volta dos 400 mil reais. Sinceramente, o erro das contas rubro-negras não está aí, até porque parte desse custo não será bancado pelo clube. Erro sim, do Flamengo, é bancar um grupo de cinco ou seis jogadores que ganham muito para o que jogam, quando jogam. Ter um elenco de qualidade é importante, mas o que Jônatas ainda faz na Gávea senão faturar cerca de 100 mil reais por mês?

Há 3 anos, o Flamengo tem sérios problemas com seus homens de frente. Já tentaram Fabiano Oliveira, Luizão, Souza (que ainda conseguia alguma coisa), Obina, Josiel e agora Emerson. Imagino que, mesmo que o rendimento do Adriano seja abaixo do que se espera, já será muito acima do que se vê. Alguém duvida?

Tudo bem, tá certo. A bola precisa chegar e este é outro problema, mas que parece estar, aos poucos, se resolvendo. Contra Fortaleza e Cruzeiro, não faltaram bolas para os homens de frente finalizarem. E, se tem alguém que entenda do assunto, este é Adriano.

Boates, cerveja e mulheres na vida do “Imperador” serão sempre bemvindos. Se no São Paulo de Muricy ele aprontava das suas, não é morando “em casa” que ele vai deixar de fazer. E podem anotar: vai ser expulso, arrumar confusão, brigar em campo. Adriano é o típico jogador-problema, mas que faz gols e decide jogos. É isso que parece importar mais ao Flamengo.

Mesmo com todos os seus “perrengues”, o Imperador chega com crédito ao Flamengo para resolver o problema e trazer renda ao clube. Só não pode a diretoria do Flamengo iludir-se e achar que o dinheiro está sobrando para trazer Ronaldinho Gaúcho no meio do ano. Longe disso!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O dono do Rio

Não adianta. Há três anos, a cena se repete. Pela terceira vez, o time da Gávea passa longe de ser o futebol mais bonito, o ataque mais eficiente, o meio mais criativo. E mesmo assim, baseado na raça e no grito da massa, é o dono do Rio.

Quem viu o jogo, pela TV ou das cadeiras do Maracanã, sabe: o Flamengo não jogou bem. Mesmo quando tinha dois gols de vantagem, a marcação se precipitava e o ataque era ineficiente. Mesmo assim, misturando sorte e a ousadia de tentar o gol (!!!), Kleberson levou a torcida rubro-negra ao delírio: dois gols e uma boa vantagem na virada do primeiro para o segundo tempo.

Aproveitando o cochilo do adversário na volta do intervalo, o Botafogo teve tudo para matar o jogo. Dois gols, um pênalti perdido e um caminhão de chances criadas, mas jogadas fora. Somente depois do gol de empate, o Flamengo voltou a si e, de alguma forma, igualou o jogo. E, dessa forma, o juiz apitou o fim: com os dois times em igualdade, tendo que decidir nas cruéis cobranças de pênalti.

E aí, nessas horas, faz a diferença o melhor goleiro. É claro que os jogadores do Botafogo poderiam não estar no auge da confiança, até porque Vitor Simões já havia desperdiçado uma cobrança. De qualquer forma, sejamos justos, poucos goleiros no Brasil tem a capacidade de defender pênaltis como Bruno. Pior para o Botafogo de Juninho e Leandro Guerreiro.

Com dois pênaltis defendidos, Bruno se consagrou como um dos heróis do tri, estando presente e atuante em todas as conquistas da saga. Tanto ele quanto Leo Moura, Juan, Angelim e Obina.
Com ou sem polêmicas, e deixando-as de fora, parabéns ao Flamengo! Mesmo sem verba, a equipe mostra a cada ano a importância da montagem de um elenco de qualidade e de uma torcida que segue a equipe a todo lado - como ela própria canta. Valeu, Flamengo! Comemora, porque o Rio é seu!